Castro: no Porto há novos (e estaladiços) pastéis de nata para comer à colher

Os pastéis de nata estão sempre a sair quentes para a montra da Castro. (Fotografia: DR)
Chama-se Castro e é o novo atelier de pastéis de nata da cidade do Porto. O chef-artesão Daniel Seixas aprimorou a receita secular original e o resultado prova-se em três ou quatro dentadas, com uma ginjinha a acompanhar.

Daniel Seixas, 35 anos, não tem tido mãos a medir com a produção dos novos pastéis de nata da Castro, no Porto. “Superámos as nossas expetativas em mil por cento”, revela à Evasões sem querer, contudo, precisar números de venda ou de produção. Num dia de chuva a nova loja da Mouzinho da Silveira encontra-se cheia, e os pastéis não param de sair da vitrine onde se encontram perfeitamente alinhados.

O processo de fabrico acontece quase todo à vista dos clientes, ou não fosse a Castro quase uma experiência de visita. Aos comandos, o chef-artesão Daniel, lisboeta e amante de pastelaria desde criança. “A minha madrinha tem uma pastelaria onde o meu irmão trabalhava, e eu comecei a ir ajudá-lo aos 15 anos”, diz, enquanto mostra os cantos à loja.

Um vidro imaculado separa os clientes do balcão onde são preenchidas as formas de massa folhada com o creme. Dali, os pastéis de nata seguem para um forno enorme, onde cozem a 400 graus entre oito a dez minutos. É como se a confeção destes pastéis de nata – que Daniel Seixas não se cansa de gabar – não guardasse segredos. “Os pastéis de nata são todos iguais, a técnica é que é o segredo”.

Sabemos, porém, que a calda do creme é feita com canela e limão e fica a apurar durante 24 horas. Respeitar o tempo é essencial. O creme matura 24 horas antes de ser utilizado para rechear as formas de massa folhada e as matérias-primas – leia-se manteiga, margarina, farinha e demais produtos – são do melhor que há no mercado, asseguram.

Os pastéis de nata chegam à mesa em pratos de rebordo dourado, produzidos pela Vista Alegre. Vêm ligeiramente queimados no topo e devem ser polvilhados com açúcar em pó ou canela. A primeira dentada é sonora e o recheio, cremoso, é tudo menos enjoativo. Quem preferir pode comê-los à colher, e mesmo passados dois dias, é expectável que os pastéis de nata conservem a crocância da massa folhada.

Há quem leve pastéis de nata às dezenas, em caixinhas acomodadas em sacos de luxo. Comer na Castro tem, porém, todo o seu encanto. O espaço é de grande beleza – marcado pelos azulejos azuis e brancos da fachada e pelo dourado da decoração – e o serviço é rápido e atencioso. O inverno aquece-se, assim, com um pastel de nata e chocolate quente italiano. Ou até com um brinde com ginja ou vinho do Porto.

 

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