Caos: Cozinha contemporânea e um bar de cocktails em Guimarães

De nome Caos nasceu um restaurante que é também bar, com sugestões para toda a família. Na carta reinventam-se os sabores tradicionais, à medida da cozinha contemporânea.

Caos é uma ordem por decifrar», disse, a certa altura, José Saramago. Foi nas suas palavras que se inspirou Fernando Silva quando se aventurou no negócio da família – tem já dois restaurantes de leitão na região, e uma quinta de eventos – com um novo espaço, que junta bar, esplanada e restaurante. «Como sou o membro mais jovem quis fazer algo diferente», conta. E foi da inevitável confusão dos projetos novos que emergiu o nome do restaurante.

Ficou, assim, a chamar-se Caos, embora, no final, tudo tenha encontrado o seu lugar. A sala surge decorada a preceito, forte em madeira e tons terrosos, com paredes rústicas e candeeiros de estilo industrial, iluminada ainda por um letreiro em néon com o nome da casa. E também não há vestígios de caos nos pratos de apresentação cuidada e sabores equilibrados que o jovem chef Álvaro Silva e o seu sous chef Yuruy Chorniy ali preparam.

«Tentamos que aconteça uma experiência gastronómica em cada prato e que o cliente sinta à vontade para experimentar todos» admite Álvaro. O respeito pelo produto e pelas tradições da região, em comum com a elegância da cozinha contemporânea, marcam a carta sazonal, forte na carne – destaca-se o magret de pato a baixa temperatura – mas onde o peixe também brilha. Não fosse um dos pratos mais pedidos o bacalhau com broa, um clássico que aqui se apresenta desconstruído, servido em lascas muito suaves, e acompanhado com puré de batata doce, crumble de broa e cebola caramelizada.

Bacalhau com broa desconstruído. (Fotografia: Miguel Pereira/GI)

O Caos encontrou morada numa pequena quinta ao pé da estrada nacional que liga Guimarães a Braga, e além do restaurante, quem ali chega é ainda presenteado com um bar onde a estrela são os cocktails. Há-os com e sem álcool, clássicos e adaptações. É o caso do Negroni à moda do Caos, mais doce que o original, e feito com vinho do porto, vermute e Aperol.

Ali também se preparam sangrias e exibe-se ainda uma coleção com 54 referências de gin. A intenção é harmonizar as bebidas com a carta do restaurante, mas durante a tarde e pela noite dentro, o bar vai trabalhando para criar boa companhia aos petiscos e tábuas que se servem na agradável esplanada coberta.

Um grande relvado estende-se ao redor do Caos e há até um baloiço para os mais pequenos, já que foi intenção de Fernando Silva atrair as famílias a passar tempo por ali e aliciá-las a antecipar o jantar com um aperitivo, vendo as crianças a correr no jardim. Já o jantar serve-se na sala, onde, nas noites de fim de semana, o ambiente a média luz se compõe com um piano sempre a tocar.

Esplanada de verão
Nos meses de verão, durante toda a tarde e ao início da noite, são servidos crepes, waffles e bolas de gelado para toda a família na esplanada.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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