Na cantina do Avillez há pratos a lembrar a infância

Só em Lisboa, o Grupo José Avillez, um dos mais poderosos no setor da restauração em Portugal, soma já uma dúzia de espaços, sendo o mais recente (mas não por muito tempo) uma cantina de cozinha portuguesa familiar.

Por um bom tempo, José Avillez conseguiu manter o seu pequeno império de restaurantes dentro do perímetro do Chiado, em Lisboa. A exceção foi o Porto, onde abriu um Cantinho e onde também é aguardada a qualquer momento a inauguração de um Mini Bar.

O grupo – e não é à toa que a palavra está hoje tão presente nos seus comunicados oficiais, até porque o mais conhecido chef português no estrangeiro é igualmente um empresário da restauração que, para além dos espaços em nome próprio, se associou a outros cozinheiros internacionais em negócios como a Cantina Peruana – cresceu e está a expandir-se para outras zonas da capital: primeiro foi o Gourmet Experience do El Corte Inglés, agora é o Campo das Cebolas e daqui a nada será o Parque das Nações, assinalado para um terceiro e maior Cantinho do Avillez. Mas fiquemos pelo presente.

Em soft opening desde 15 de março, a Cantina Zé Avillez, no mesmo largo onde está a Casa dos Bicos e a Taberna Moderna, leva a assinatura da dupla Felipa Almeida e Ana Anahory, colaboradoras de longa data do chef, que mais uma vez souberam materializar o seu desejo de ter aqui um espaço moderno com elementos que nos remetessem para as tabernas e restaurantes castiços do antigamente.


5 coisas que tem de saber sobre a nova Cantina Zé Avillez

Não é a primeira vez que o fazem, sendo até um tema recorrente nos últimos projetos, mas uma coisa não se pode negar a José Avillez: por muito que algumas das suas fórmulas nos possam parecer neste momento demasiado idênticas, há um saber-fazer e uma antecipação que deixam pouca ou nenhuma margem ao erro.

Como se tornou costume no grupo, a equipa da Cantina Zé Avillez combina empregados recém-contratados com outros bastante experientes em aberturas – uma prática só possível numa empresa que soma quase mil trabalhadores –, num rácio favorável à capacidade máxima desta casa (pouco mais de 100 pessoas, contando com a esplanada).

Se detalhes como o mármore alentejano ou o padrão de azulejos impresso nas cadeiras apelam à memória coletiva dos portugueses, e piscam o olho aos muitos turistas que circulam nesta parte da cidade, a ementa foi declaradamente pensada para proporcionar uma imersão nos sabores que recordamos da infância – da nossa, dos nossos pais e dos nossos avós.

A partir de dia 24, data do arranque oficial, aos fins de semana haverá cozido, mas no dia-a-dia não faltam referências familiares como as empadas de alheira, os pastéis de bacalhau, os pregos, as sopas, as saladinhas de polvo ou de feijão-frade, o escabeche de pato e batata-palha, as iscas, o polvo à bacalhoeiro (dois best-sellers) ou o bitoque. Nas bebidas, há opções de mocktails (cocktails sem álcool) bem apanhadas como o Alfama, e nas sobremesas trouxeram, a pedido, o gelado de avelã do Cantinho. Para encerrar, uma última nota: a cantina serve continuamente do meio-dia à meia-noite. Todos os dias.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

Cozido para calar as bocas
Semanas atrás, a versão gastronómica do cozido à portuguesa servida por Zé Avillez no Belcanto tornou-se, involuntariamente, um assunto viral. O tema vale o que vale – nada –, mas, nem de propósito, aos almoços de fim de semana, a Cantina vai ter cozido com tudo a que temos direito. Sai a 25 euros por pessoa.

Leia também:

Tudo sobre a nova Pitaria do chef Avillez no Chiado
A comida peruana na nova cantina do Bairro do Avillez
Portugal: o país que melhor acolhe residentes estrangeiro




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend