Braga: Comida contemporânea e rock no Cabaret

A carta do Cabaret Voltaire divide-se em três secções, cada uma ligada a um artista do movimento Dadá. É o segundo projeto que os músicos Adolfo Luxúria Canibal e Marta Abreu lançam na área da restauração.

O Cabaret Voltaire, misto de bar, café e teatro, nasceu em 1916, em Zurique, na Suíça, território neutro na Primeira Guerra Mundial, pela mão de artistas de diferentes nacionalidades que aí expressaram a sua descrença no futuro. É esse berço do movimento Dadá, de cariz niilista, que serve de inspiração à carta do restaurante homónimo, em Braga, aberto, há pouco mais de um ano, pelos músicos Adolfo Luxúria Canibal (vocalista dos Mão Morta) e Marta Abreu (ex-baixista de Voodoo Dolls, Mão Morta e Cadeira Elétrica).

O casal, que durante anos teve em funcionamento, na mesma cidade, o restaurante japonês Hocho, aposta agora numa cozinha contemporânea com costela portuguesa, que se traduz numa variedade de entradas e pratos principais, assinados pelo chef Paulo Ramos. A carta do Cabaret Voltaire divide-se em três secções, correspondentes a diferentes formas de abordar a cozinha, e cada secção é tutelada por um artista de Dadá ao qual é atribuído um cognome.

Tristan Tzara, «o teórico», autor dos principais manifestos dadaístas, surge associado a pratos mais clássicos, como escabeche de cavala fumada em areia de broa. Já Hanna Höch, «a onírica», está ligada a sabores mais arrojados e experimentais – trouxas de alheira com queijo da ilha e mel, ou bife do vazio maturado com risoto de espargos, por exemplo. E Raoul Haussmann, «o internacionalista», é o rosto de pratos cosmopolitas, como fondue de carne em vinho tinto perfumado com ervas, que ficou da primeira vida da casa, inicialmente dedicada aos fondues.

No Cabaret Voltaire há ainda opções vegetarianas e sobremesas, sendo a pavlova de Toblerone um valor seguro. Ao fim de semana, o restaurante, onde se ouve rock alternativo e algum jazz, transforma-se em bar depois das 23h30, podendo a seleção musical estar a cargo de Adolfo. O objetivo não é pôr as pessoas a dançar, explica, e sim a deliciar-se (também) com a música.

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