Queijo azul, gouda, parmesão, manchego e, claro, Serra da Estrela, marcam presença entre outros tantos que aqui chegam de todo o país e além fronteiras. Cada um deles está devidamente identificado com o local de origem, o tipo de leite usado para o seu fabrico e a queijaria onde é produzido, sempre de forma artesanal. «Dá mais trabalho, mas é o que o torna único», nota Ana Rita Lima, que ao lado do marido, do irmão e da cunhada deu forma ao gosto e à curiosidade que foi crescendo a cada viagem que faziam. «Sempre fui amante de queijo e quando visitávamos alguma cidade acabávamos por parar neste tipo de lojas», conta.
Assim, em junho, Braga ganhou também ela uma queijaria artesanal. Chamaram-lhe Corriqueijo, e escolheram um antigo edifício, bem perto do Arco da Porta Nova, para assentar arraiais, com parte da muralha da cidade como parede de fundo. «Era húmido e frio, o ambiente perfeito para o queijo», resume Ana Rita, ou não fosse ela quem cuida e garante a conservação de cada um dos produtos, seja o grande Comté Marcel Petit, que aqui chega das caves de Saint Antoine, em França, ou o cremoso e intenso queijo azul Savel Airas Moniz, feito na região de Lugo, em Espanha – é do país vizinho que também chega o Matalobos, produzido com leite cru de ovelha e envelhecido com cerveja. De produção nacional há referências de norte a sul, e ilhas. O DOP São Jorge, com 36 meses de cura, é um dos mais procurados, a par do Serra da Estrela.
Se a escolha estiver difícil, provar algumas das variedades na zona de degustação pode ajudar a decidir o que levar para casa. Ana prepara cada tábua de acordo com o gosto do cliente, e se os queijos chegam de todo o lado, para harmonizar privilegiam-se os produtos regionais, como as compotas ou a cerveja artesanal Letra. Já a carta de vinhos é eclética, ainda que os verdes se façam sobressair.
Terminado o momento, a seleção da tábua pode ser replicada num pequeno cabaz para, já em casa, continuar a celebrar o sabor e a tradição que acompanham um bom queijo.
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