Boas surpresas com vista para o Ave, no restaurante Rio

Três texturas de framboesa, lemon curd, peta zetas e gelado de mascarpone. (Fotografia: Artur Machado / Global Imagens)
O chef Paulo André acaba de abrir um restaurante com esplanada em Vila do Conde, a sua terra natal, empenhado em distinguir-se pela qualidade da comida e do serviço. O novo Rio é feito de surpresas e atenção aos detalhes.

O chef Paulo André trabalhou em diversos locais, do Grupo Rui Paula ao hotel FeelViana, em Viana do Castelo, onde esteve até abrir o seu restaurante em nome próprio. A intenção era receber os primeiros clientes em março do ano passado, mas a pandemia obrigou a adiar a abertura – até agora. Paulo não quis esperar mais e inaugurou o Rio em maio, no coração de Vila do Conde, de onde é natural.

O chef Paulo André no seu Rio.
(Fotografia: Artur Machado / GI)

O restaurante, com esplanada, chama-se assim pela localização, na Praça da República, com vista para o Ave, mas não só. “O nome tem tudo a ver connosco, porque deixamos fluir. Escolhemo-lo durante um jantar em família”, explica Paulo André, para logo acrescentar: “Vou trilhando o meu próprio percurso, não há nada que tenha sido em linha reta. E o rio vai criando o seu percurso até chegar ao mar”.

Neste regresso a casa, o chef diz-se empenhado em “marcar a diferença em Vila do Conde”, pela qualidade da comida e do serviço: “É uma cidade muito charmosa, e acredito que lhe fazia falta um puro fine dining”.

A carta é composta por pratos de carne, peixe e vegetarianos, além de entradas e sobremesas, que se querem surpreendentes e apelativas a vários níveis. Exemplo disso é o prato “texturas de vitelão, batata confitada com recheio de trufa, cebolete, cenourinhas da horta, alho francês, jus de vitela e pimenta rosa”, que inclui um crocante feito com o tendão do animal (após muitas horas de cozedura e vários processos) e lembra uma floresta, pela forma como está desenhado.

“Os pratos têm de ter cor, movimento, textura, sabor e aroma; não chega serem bonitos, tem de lá estar tudo”, defende o chef. Também o espaço, acolhedor, surge cheio de cuidados e pormenores: das mantas na esplanada às frases inscritas na madeira. Logo à entrada há uma retirada d’”O principezinho”, de Saint-Exupéry: “Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz”.

A esplanada com vista para o Ave.
(Fotografia: Artur Machado / GI)

Pão de massa mãe

O couvert inclui azeite do Douro, manteiga e pão de fermentação lenta de três qualidades: abóbora, mistura e centeio.

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