Boas francesinhas fora do Porto: 2 sugestões em Gaia

A francesinha especial com bife de lombo de vitela do Offline 2. Fotografia: Igor Martins/GI
Uma francesinha que leva dois ou três bifes e outra recheada com lombo de vitela. Eis duas propostas para os amantes da famosa sanduíche, em Canelas e Mafamude.

Offline 2 | Gaia
Apetites fora de horas

No Offline 2, em Mafamude, a francesinha que sai mais é a especial com bife de lombo de vitela, que ainda leva fiambre, mortadela, salsicha, linguiça, pão tostado, ovo, queijo gratinado e um camarão por cima, e custa 10,80 euros. Ingredientes de qualidade, como carne da zona de Lafões e pão de forma cozido a lenha, são algo de que o proprietário não abdica.

José Alexandre Fernandes teve como grande escola o antigo Café Mucaba, na Avenida da República, em Gaia, onde foi chefe de balcão. “Fazia-se 2000 francesinhas por dia. Era uma casa tão famosa que vinha gente de Coimbra e não só”, lembra. Como o molho do Mucaba era muito forte, decidiu ajustá-lo ao gosto dos clientes, tornando-o mais suave. “A base é a mesma, mas corta-se no álcool e no picante”, revela.

Outra francesinha com boa aceitação é a vegetariana, que contém legumes, cogumelos e cebola gratinada e um molho diferente, desprovido, naturalmente, de carne. Há ainda a francesinha especial com bife de frango ou carne assada; a francesinha de marisco; e a francesinha normal, que só leva os enchidos. “Foi como ela nasceu”, observa o responsável por este snack-bar de aspeto acolhedor e moderno, com madeiras e balcão verde-garrafa. Tem 25 anos de história, mas foi remodelado há apenas dois.

Aqui, não há hora certa para saciar os desejos de francesinha. Ela está sempre a sair, inteira ou à metade, com ou sem batata frita (cortada em forma de palito ou às rodelas). Há quem mande vir a sua francesinha sem salsicha, fiambre ou até pão. E já houve um pedido de torta de noz com molho de francesinha – atendido, pois claro. O cliente manda.

Chamuças
As chamuças, picantes e feitas com 16 condimentos, já são parte da casa. Chegam como entrada e o conselho é consumi-las mornas. Preço por unidade: 1,30 euro.

Artes e um jardim-miradouro
A cinco minutos a pé fica a Casa-Museu Teixeira Lopes, cujo espólio merece visita. E um pouco mais adiante encontra-se o Jardim do Morro, com vistas privilegiadas sobre o Douro e as zonas ribeirinhas de Porto e Gaia.

 

Café S. João | Gaia
Um par de bifes (ou mais)

Na sala mais ampla do Café S. João, os olhos comem primeiro: há 700 garrafas de vinho junto ao teto, louças, relógios, quadros e outros objetos que refletem a paixão do dono por antiguidades. José António Santos e mais dois filhos conduzem os destinos da casa, que soma 18 anos, cinco deles nas suas mãos. O fundador trabalhou no A. Cunha, que era conhecido pelas francesinhas, também em Canelas (um espaço que, entretanto, se mudou para Ramalde, no Porto); até que criou o próprio negócio, explica José. Como o Café S. João “já tinha a fama da francesinha”, manteve-lhe o nome e o conceito; só fez algumas alterações ao molho, diversificou a oferta e aumentou o espaço.

A francesinha mais pedida continua a ser a tradicional, que aqui leva pão de forma, bife de alcatra, presunto, linguiça, fiambre e queijo. O ovo é opcional, assim como as batatas fritas. A sanduíche assume uma dimensão considerável. O proprietário admite que é bastante recheada, até porque leva dois ou três bifes, e há quem não consiga comer uma inteira, ficando-se pela metade. Importante mesmo é ver os pratos “limpinhos”, no fim.

Influência da Quaresma
Também há francesinhas de porco, frango, peru, pescada e vegetariana. As duas últimas surgiram por se notar uma quebra à sexta-feira, durante a Quaresma, quando algumas pessoas não comem carne.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 




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