Boas carnes e sobremesas de chorar por mais no Volver

No Volver as carnes de vários cortes fazem a festas, mas as sobremesas não ficam atrás. No verão o peixe também entra na baila e as refeições são sempre lautas e retemperadoras.

Durante muitos anos, para o bem e para o mal, o Volver foi quase indissociável da imagem do argentino Chakal, um dos cozinheiros mais conhecidos entre nós graças às suas inúmeras prestações televisivas – e aos seus turbantes também. Tanto assim é que muitos, provavelmente, ainda não terão dado pela separação, ocorrida amigavelmente há pouco mais de dois anos.

Situado num bairro residencial, o Volver de Carne y Alma não é, outro equívoco recorrente, exclusivamente argentino mas faz da carne o seu prato forte: na carta o foco está nos vários tipos e cortes de carnes maturadas, que se distinguem não só pela origem (da Austrália à Argentina) mas também pelo tempo de repouso e pela textura.

Mais do que uma rutura trata-se­ de uma separação amigável, e agora o destino do restaurante passa pela mão da empresária Alexandra Gameiro, mas a fórmula foi revista e melhorada pelos vários chefes que lhe prestaram consultoria. Disso mesmo são exemplo, de segunda a quinta, ao jantar, os menus de taping, pensados para ser partilhados a um custo de 25 euros por pessoa. Sujeitos a reserva antecipada e com variações temáticas a cada três meses, estas refeições são compostas por seis pratos (fora o couvert e a sobremesa) e costumam navegar no território do surf and turf, que é como quem diz uma mistura de carne e peixe.

Outro capítulo essencial – e que por isso mesmo levou à consultoria do chef pasteleiro Joaquim de Sousa, do hotel The Oitavos, que conheceu um sucesso viral graças à sua criação Floresta Negra – passa pelas sobremesas. Da pavlova à trilogia de chocolate, caramelo e amendoim, a carta de doces levanta o moral. Ou não fosse esta uma casa que se preocupa com os prazeres da carne e o sossego da alma.

 

Artigo publicado na revista Evasões nº36, a 4 de dezembro de 2015.

 

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