Barneário: abriu um gastrobar de conservas algarvias no Jardim do Campo Grande

Na mesa do Barneário há muxama de atum, tiborna de lulas recheadas e tábua mista, entre outros petiscos. (Fotografia de Rita Chantre/GI)
A Casa Raúl Lino - balneário público do Jardim no Campo Grande, em Lisboa, nos anos 1940 e 1950 - foi convertida num gastrobar de conservas e cervejas algarvios.

É especial a ligação que Luís Filipe e Cristina Cabrita mantêm com o Algarve, ou o avô materno deste engenheiro não tivesse sido responsável por uma fábrica de conservas no Ferragudo. Por essa via, cedo se habituou a dar valor às conservas, provando-as de diversas formas – e pondo de lado a ideia de que são um recurso de última hora. Foi isso que quiseram levar para o Barneário, no Campo Grande.

A versatilidade do peixe em conserva – que outrora alimentou toda uma indústria – reflete-se na carta deste novo gastrobar. No capítulo dos petiscos, por exemplo, há muxama de atum, biqueirão com azeite e alho e marinadas de carapau e sardinha. Já as clássicas chegam à mesa numa tiborna de pão alentejano e podem ser de atum, cavala, sardinha, lulas recheadas e do que houver na semana, com salada.

Quem gosta de saladas encontra, além das combinações correntes, as de endívias com queijo emmental, nozes e passas e atum com vegetais, tomate e cebola. Em maio, deverão entrar na carta também os hambúrgueres de sardinha, atum e cavala em pão de batata doce. O convite do Barneário é harmonizar tudo com as cervejas artesanais Marafada, produzidas em Algoz, ou com vinhos de produtores algarvios.

A abertura do Barneário permitiu recuperar e devolver ao usufruto público a Casa Raúl Lino, antigo balneário do Jardim do Campo Grande, fechado há anos. De forma a manter os traços indeléveis do ímpar arquiteto, o projeto recuperou os azulejos originais, a fachada exterior e adornou o interior com um balcão e mesas em mármore, cadeiras “rabo de bacalhau” e uma máquina registadora vintage.

(Fotografia de Rita Chantre/GI)

O último toque decorativo ficou a cargo do casal, que colocou num armário objetos familiares antigos, como um jogo da Glória, uma máquina fotográfica, um gira-discos e brinquedos de corda, entre outros tesouros de grande valor sentimental. Histórias que se dão a conhecer ao sabor de um figo cheio ou um arrepiado, entre outros bolinhos algarvios, tanto no interior, como na esplanada virada para o jardim.

 

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