Na cozinha desta pizaria aberta há pouco mais de três semanas no Bairro Alto ouve-se falar italiano e do forno a lenha e gás sai um aroma a lenha queimada. É assim o ambiente em que trabalha o pizaiolo Antonio Menghi, autor de 12 pizas cujas massas – feitas com farinha tipo 1 semi-integral, biológica – têm no mínimo 48 horas de processo de maturação e fermentação. As pizas são habilmente recheadas com charcutaria e queijos vindos de Itália, enquanto os legumes e azeite, por exemplo, são bem portugueses.
As ervas aromáticas, tão importantes, são criadas numa mini-horta no balcão. Depois, o pizzaiolo assistente coloca-as numa placa giratória no forno a lenha e gás (que ajuda a manter constante a temperatura de 340-360 graus) e dois minutos e trinta segundos volvidos, eis a piza a chegar à mesa, estaladiça no rebordo e fofa no centro.
Na carta destaca-se, pela diferença, a piza Zucchina Verde. É uma piza que em vez do tradicional molho de tomate leva um molho de brócolos e courgette grelhada, e depois cebola, alcaparras, menta, pimenta e, claro, queijo mozarella. Custa 9 euros. Outra, a Crudaiola Antonino, leva um ingrediente pouco usual nas pizas: abacate e frescos de tomate-cereja, rúcula, parmigiano e mozarella. Custa 9,5 euros.
António Cardoso, responsável pelo negócio, diz que não há muitas pizarias a trabalhar assim em Portugal. Quem preferir tem a possibilidade de escolher a piza do dia, anunciada numa ardósia, ou compôr uma a gosto, escolhendo uma base e adicionando toppings. Em matéria de bebidas destacam-se os vinhos biológicos (todos se podem pedir a copo) e café também biológico. Sem álcool há sumos extraídos a frio. A água é da torneira, filtrada e servida em garrafas de vidro reutilizáveis.
Já o nome do restaurante é uma homenagem a Osvaldo, tio-avô de um dos fundadores da marca. Gatti era o nome de um café que tinha em Itália.
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