Em Aveiro há novos petiscos à espanhola para provar em família

Dois irmãos e um primo abriram uma casa com 40 pratos de tapas, inspirados na sua ligação a Espanha. Servem-nos num espaço vermelho e branco, as cores náuticas do país vizinho.

Produtos do mar e produtos da terra encaixam-se numa ementa bem composta, são mais de 40 pratos, nesta casa com ares de barco. A carta do El Boquerón cheira a mar e a terra com salmão, bacalhau, cavala marinada, biqueirões claro está – ou não fosse o peixe que deu nome à casa traduzido para espanhol – lombo ibérico, fiambre, chouriço, presunto de vaca, testículos de boi, queijos, pepinos em vinagre.

Os cogumelos recheados com sobras de produtos ibéricos porque os presuntos são aproveitados ao tutano, os pimentos padrón, as alcaparras, as batatas bravas, e os biqueirões, esse peixe miúdo, têm um sabor especial neste lugar de tapas pintado com as cores náuticas de Espanha. E nem a esplanada escapa. Tudo vermelho e branco e até a máquina de cortar carne é vermelha… e foi batizada de Ferrar).

Há pelo menos duas explicações para tudo isto. É um sonho antigo e uma troca quase direta. Ivan Peleira e Renato Peleira são irmãos, Edgar Fonseca é primo, e têm uma casa de produtos portugueses no mercado de São Miguel, no centro de Madrid, onde vendem pastéis de nata, café, vinho do Porto, entre outros produtos nacionais. “A ideia seria fazer o mesmo em Portugal”, refere Ivan Peleira. Ou seja, abrir em Aveiro uma casa com produtos espanhóis.

«É uma mescla de restaurante de tapas com bar de tapas»

Troca por troca. A ementa sabe, portanto, ao país aqui ao lado, tem tortilha espanhola e de camarão, ovos revoltos com presunto, polvo à galega, mexilhões ao vinagrete em porções que, em Espanha, se chamam ración. Há os bocaditos, montaditos, tostas, e mini-hambúrgueres. As garrafas de cerveja vão para a mesa em baldes com gelo, os vinhos são todos espanhóis, há apenas um português, e os mojitos e outros líquidos que caem bem com tapas estão no menu das bebidas.

«É uma mescla de restaurante de tapas com bar de tapas», descreve Ivan. Houve muito trabalho pela frente neste espaço cheio de pormenores. Cinco pipos foram transformados em mesas, há peixinhos gravados no chão, cordas de mar no teto, azulejos pintados à mão, fotografias antigas da pesca do biqueirão na zona da Andaluzia, em Espanha, em molduras nas paredes.

«Quisemos dar o efeito de um barco», comenta Ivan Peleira. Num barco com chão de madeira com aquele ar de envelhecido pelos humores do mar. Aqui tapear é a palavra de ordem e não há hora marcada para as tapas irem para as mesas, ou melhor, para cima dos pipos.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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