Atari Baby: comida japonesa, karaoke e videojogos em Lisboa

O Atary Baby abriu há um par de meses, no Cais do Sodré, e mergulha na cultura e comida urbanas de Tóquio para mostrar como a cozinha japonesa não é só sushi, sashimi e niguiri. E inclui um karaoke privado.

À noite, é impossível não reparar nas brilhantes letras de néon na janela do Atari Baby, tal como se olha logo para os sessenta balões vermelhos que levam os visitantes nesta «viagem rápida na cidade de Tóquio». A descrição é de Akis Konstantinidis, chef grego a viver em Portugal há 26 anos, e que depois de abrir o Can The Can, no Terreiro do Paço, e as cozinhas mexicanas do Mez Cais e Las Ficheras, decidiu mergulhar na cozinha japonesa, levando consigo a clientela lisboeta.

E não só. Segundo ele, são já vários os clientes orientais «repetentes» a viver na capital que ali vão matar saudades da comida japonesa do dia-a-dia, muito para lá do sushi, do sashimi e do niguiri. «Fizemos uma pesquisa e focámo-nos em Tóquio, que tem um cariz urbano muito mais marcante e cosmopolita, onde se come de tudo», explica Akis, assegurando, para alívio de muitos, que as especialidades japonesas mais procuradas em Portugal também ali existem – o sushi, além de ser «comercialmente interessante», faz-se com o «muito fresco» peixe português.

A carta propõe ramen, gyosa e tempura, mas também há okonomiyaki, panqueca japonesa com um toque de sabor a peixe, e uma piza de lombo de atum, ovas de peixe voador e maionese de wasabi. Demora-se especialmente nos yakitori (de frango, porco, galinha ou cogumelos) e inclui até dois burritos, um deles com vegetais, manga e sweet chili. Os pratos são «confecionados em cima das bases da cozinha oriental», que se reflete surpreendentemente nas bebidas: cocktails com base em sake.

Akis faz-se acompanhar do sous-chef Rui Sales na confeção de muitos dos pratos atrás do sushibar, em madeira, onde se sentam os clientes. Na parte maior da sala, com paredes de pedra e tons primários, as mesas surgem rebaixadas numa espécie de fosso para aproximar os clientes da experiência que se vive nos restaurantes de Tóquio. Dos telefones antigos numa das paredes aos nome dos pratos e do próprio restaurante – para quem já não é do tempo, Atari era uma marca de computadores, consolas e jogos de arcade –, tudo remete para o imaginário da cultura pop dos videojogos dos anos 1980.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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