É um dos reis do imaginário petisqueiro, criado por neutros hermanos e abraçado por cá sem timidez, e é um dos petiscos que mais é pedido à mesa da Cervejaria Catalazete, que trouxe nova vida à Marina de Oeiras há um ano. A simplicidade é o trunfo da versão original, à base de alho, azeite e ervas, mas aqui, o chef Bruno Oliveira faz a sua interpretação do mesmo.
A principal diferença destas gambas à guilho é a bisque feita “à base das cabeças do camarão e uma série de legumes, como cebola, alho francês, aipo, tomate”, além do toque picante das sementes de pimenta guindilla, explica o chef, que soma no currículo casas Michelin como o lisboeta Belcanto, de José Avillez, e o LAB by Sergi Arola, no Penha Longa, Sintra. Quando o petisco chega à mesa, basta salpicar com as obrigatórias gotas de limão, para lhe dar frescura.
O camarão, bem carnudo, vem do Equador. “O importante neste petisco é que o camarão seja de qualidade e não miolo de camarão, tem de ter algum tamanho. Principalmente o nosso, que tem muito molho”, adianta o chef, que na Cervejaria Catalazete serve um leque alargado de petiscos, já que a cozinha não encerra entre refeições: choco frito com maionese de alho e lima, croquetes de novilho com mostarda, ostras ao natural, pica-pau ou salada de polvo, por exemplo. “As amêijoas à Bulhão Pato são as mais pedidas, mas as gambas à guilho não ficam muito atrás. Sai sempre bem, a qualquer hora”, diz Bruno.
Com o verão a navegar a boa velocidade, a programação da cervejaria de Oeiras traz motivos extra para rumar à marina, como a happy hour de ostras entre as 17h e as 19h, música ao vivo e animação de DJ aos fins de semana. Mas não só: a carta terá novidades em breve, caso do ceviche de peixe branco, “o mais fiel ao tradicional peruano possível”, conta Bruno Oliveira, que aqui pisca o olho ao seu percurso, ele que já passou pel’A Cevicheria do chef Kiko Martins.
Para acompanhar: cerveja artesanal à pressão
Para fazer dupla com este petisco, o chef Bruno Oliveira sugere que o pairing seja feito com a cerveja artesanal da casa, uma blonde ale leve e fresca, criada em parceria com a cervejeira lisboeta Oitava Colina, e que na Catalazete se serve à torneira. “Há quem prefira vinho branco, mas para mim tem de se acompanhar com uma cerveja. É a junção perfeita”, conta o chef.
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