Novo doce junta algas e renda de bilros de Peniche

Há uma nova bolacha, 100% portuguesa, no mercado. Chama-se renda doce de Peniche e é um produto inovador, desde logo porque tem macroalgas marinhas na sua composição.

Este doce também prima pela diferença na medida em que é inspirado nas rendas de bilros de Peniche, uma tradição com mais de 400 anos. Levou cerca de um ano a ser desenvolvido, e existe em três sabores: caramelo e flor de sal, gengibre e lima.

Por trás da criação da renda doce de Peniche estão a Câmara Municipal de Peniche, o Politécnico de Leiria e o Grupo Calé, uma empresa local do setor da pastelaria. Este último parceiro foi o responsável pela comercialização do produto, após o desenvolvimento à escala laboratorial.

O novo doce, concebido pelos investigadores da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Politécnico de Leiria e do MARE – IPLeiria, está à venda desde o passado dia 28, em caixas de 12 unidades, por 7 euros, nas pastelarias Calé, com lojas em Peniche e Caldas da Rainha. Caixas essas que podem vir a ser comercializadas em hotéis e restaurantes do concelho de Peniche.

Os três sabores disponíveis mereceram a preferência dos munícipes que «foram desafiados a provar as bolachas numa formulação inicial, em julho do ano passado», conta Susana Mendes, investigadora do Grupo MARE – IPLeiria.

Para Susana Mendes, aquela bolacha apresenta «dois aspetos de inovação»: além de integrar macroalgas marinhas na sua formulação, «vai buscar uma tradição de Peniche» com mais de quatro séculos de existência. Isto porque recria as rendas de bilros de Peniche «verdadeiras», com existência física, em linha, ao ser decorada com uma réplica comestível das mesmas.

O processo de confeção e aplicação daquela renda comestível é manual, como nota a investigadora: «É totalmente aplicada à mão em cima da bolacha», num trabalho «moroso e delicado».

Acresce que, ao incorporar algas marinhas na sua formulação, o novo doce remete para outro «aspeto característico de Peniche»: o mar.

As algas marinhas, fonte de fibras, proteína, ácido fólico, iodo e não só, estão geralmente associadas a um sabor salgado. Mas, como observa outra fonte, a renda doce de Peniche «garante ao consumidor todas as características organoléticas que este normalmente associa a uma bolacha doce, isto é, textura crocante, sabor doce, aroma suave».

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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