À hora de almoço, Pedro Simões não tem mãos a medir com tanto serviço nas várias salas do Alengarve, “um dos mais antigos” restaurantes da vila de Mértola. E não é para menos: é grande e justificada a fama desta casa, que ao longo dos anos foi colecionando clientes fiéis do Porto, Lisboa e Algarve com os seus pratos alentejanos.
Na ementa, assente em produtos locais sempre que possível, há pratos de peixe de rio (enguia, lampreia, sável e muge) e carnes alentejanas (borrego, migas e ensopado de borrego, novilho estufado), assim como opções “mais modernas” como o porco preto (secretos, abanicos, plumas), exemplifica o simpático gerente que já assume os destinos do Alengarve há quase vinte anos.
O negócio, familiar, começou quando os pais e os tios de Pedro ficaram com um restaurante existente noutra zona, mais no centro de Mértola, e prosperou 41 anos já na morada que se conhece. Os pais de Pedro queriam vender a casa, mas ele rapidamente assumiu o negócio, mantendo vivo o nome Alengarve, referência à “região entre Mértola e Alcoutim”.
“Eu praticamente nasci aqui, e desde criança que ajudava os meus pais” no dia-a-dia do restaurante, conta, em conversa com a Evasões no final de um almoço. Pedro Simões, no entanto, seguiu o ramo da arqueologia, tendo tirado o curso de técnico de restauro enquanto trabalhou no Campo Arqueológico de Mértola três anos. Depois é que assumiu a gerência do restaurante.
E se é certo que por via da sua função não é ele que cozinha, os créditos não são entregues a qualquer pessoa. Teresa Martins, a trabalhar ali como cozinheira desde nova, “é como se fosse da família” e é das suas mãos que saem os pratos com que todos se deliciam, bem acompanhados de vinho à garrafa ou a jarro.
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