Ajitama abre segunda casa em Lisboa e traz novos ramen para provar

Ajitama, em Lisboa. (Fotografia: DR)
Quase quatro anos depois da primeira morada, o japonês Ajitama cresceu e abre um segundo restaurante na capital, na Rua do Alecrim. Novas versões do seu popular ramen e a produção própria dos noodles estão entre as novidades.

Nos últimos sete anos, o percurso tem sido feito de passos firmes e o Ajitama já é uma das moradas incontornáveis na capital quando se fala em ramen. Em 2015, a dupla António Carvalhão e João Ferreira criou o primeiro supper club de ramen em Portugal, aqui num registo em casa, mais intimista, e em 2019 chegou a primeira morada física, alavancada pelas filas de espera de mais de 1000 comensais, na Avenida Duque de Loulé. O crescente procura leva-os agora a ganhar uma segunda casa (maior, com capacidade para 80 pessoas), desta feita na Rua do Alecrim, a meio caminho entre o Cais do Sodré e o Chiado.

À semelhança da primeira casa, a nova morada também se caracteriza pelas estruturas imponentes em madeira na sua decoração. Se na Duque de Loulé, as formas assemelhavam-se à do ajitama, a ovo suavemente cozido, agora fazem lembrar os noodles, com as suas ondulantes tiras de madeira (mais de 260 no total) a percorrer as diversas salas, até porque o restaurante passa, a partir de agora, a produzir de raiz as suas massas caseiras. “Quisemos manter a nossa identidade, com o minimalismo, as madeiras e as formas geométricas que inspiram a estética japonesa”, explica António Carvalhão.

O novo ramen vegano do Ajitama. (Fotografias: DR)

O kashunattsu tantanmen é outra das novidades.

Para acompanhar a nova abertura, a carta mantém as variedades de ramen de sempre, mas introduz outras novas. Transversal é o cuidado com os caldos da popular sopa japonesa, que levam até 18 a 20 horas a preparar e apurar. “Aqui não se fazem atalhos”, ri-se João Ferreira. Esse conhecimento foi sendo ganho pela dupla nos últimos anos, com as viagens longas que fazem ao território nipónico, para aprimorar a arte de fazer ramen. Mas também para se munirem de novos utensílios, como o refratómetro que ajuda a medir a densidade dos caldos. “Somos muito apaixonados pelo Japão”, adianta o responsável.

Um dos novos ramen é o kashunattsu tantanmen (que junta noodles, carne picada picante, ovo ajitama, negi, cebola roxa, cajus torrados, picante caseiro e caldo pai than, a 15,90€), tal como o rustic vegan (100% vegano com toque de soja e miso, acompanhado de cogumelos, tofu envolto em couve roxa e rebentos de soja, flor de lótus, cenoura baby e nori triturada, a 15€). De volta à carta está ainda o shoyu ramen, indicado para iniciantes nos campeonatos desta sopa (caldo de galinha, dois tipos de molhos de soja, noodles, ovo ajitama, cashu de barriga de porco, negi, menma e tomate assado a baixa temperatura, a 13,30€).

O segundo restaurante Ajitama abriu na Rua do Alecrim.

O tofu com cobertura crocante e enriquecido com dashi e filetes de peixe desidratado.

As novidades estendem-se ainda ao leque de entradas e cocktails de assinatura. No primeiro ramo, chegam à mesa os pimentos padrón ao estilo nipónico, com toque picante (5,8€) e o regresso do tofu com cobertura crocante e enriquecido com dashi e filetes de peixe desidratado (7€), que se juntam a outras entradas como as gyozas de frango e vegetarianas. Na mixologia, destaque para criações como o Rozumari (gin, toranja, alecrim) ou o Shiro Budo Gin (gin, vinho do Porto branco, shochu, xarope de erva-príncipe, uva verde, limão), entre outros, mas também vale a pena provar a cerveja artesanal produzida para o Ajitama, com infusão de alga kombu. A tarte de abóbora Hokkaido, bolo de matcha com chocolate e os cheesecake da casa – de lima e oreo ou de matcha – são propostas para o final da refeição.

Tanto à mesa como nos detalhes em redor, a identidade nipónica está espelhada em várias frentes. A começar pela parede onde estão as placas de madeira com desejos escritos pelos próprios comensais, à semelhança do que acontece em templos japoneses, ou até das casas de banho imersivas, com sanitas inteligentes e o som ambiente com uma voz que vai lendo o nome de estações de comboio. “Queremos ser o agente que transporta as pessoas pelo Japão”, remata António Carvalhão.

Os pimentos padrón com toque picante, uma das novas entradas.

João Ferreira e António Carvalhão, os fundadores do Ajitama.

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