A refeição ideal #6: no restaurante Casa de Pasto, Lisboa

Todas as segundas-feiras, a Evasões sugere uma refeição. A desta semana implica ficarmos nas mãos de Hugo Dias de Castro, chef da Casa de Pasto, em Lisboa.

Depois de passar pelo Tavares Rico, Gusto by Heinz Beck ou Tabik, Hugo Dias de Castro tem na Casa de Pasto, do grupo Mainside (responsável igualmente pela LX Factory e por casas como a Pensão Amor), a sua primeira grande prova de fogo enquanto chef executivo. O espaço no Cais do Sodré, muito frequentado por estrangeiros, mas com boa adesão de locais sobretudo nas noites de sexta e sábado, manteve inalterada a decoração assumidamente kitsch e uma parte da carta.

A marca de Hugo está lá, nas receitas em que procura resgatar a infância passada em Guimarães — onde se estreou na cozinha com a cumplicidade de uma avó —; ainda assim, ele é o primeiro a admitir ser a fórmula «nas mãos do chef», disponível ao almoço e ao jantar por 25 euros por pessoa (inclui sopa, três entradas e tacho), aquela que lhe permite maior liberdade criativa. O menu, pensado para a partilha, muda consoante os frescos fornecidos diariamente pelo vizinho Mercado da Ribeira — ficar nas mãos do chef quer dizer isso mesmo.

No dia em que estivemos na Casa de Pasto, coube-nos em sorte um belíssimo caldo de legumes, muito marcado pelo grão. Seguiram-se três entradas, qual delas a melhor, como ovo a baixa temperatura com espargos e presunto, combinação certeira, tentáculos de polvo muito tenros envolvidos numa salsa verde, o que confere ao prato um toque de frescura interessante (e inesperado), e açorda de lagostim, apaladada como se quer. O prato principal veio servido no tacho, figura que associamos em Portugal a comida de conforto, e a verdade é que o arroz de tamboril não desiludiu. A sobremesa não faz parte deste pacote, mas caso precise adoçar a boca, opte por uma da nova carta, mais fresca, que junta num só pote caramelo, chantilly de baunilha, abacaxi e pedaços de biscoito.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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