A Pastorinha: o clássico tem nova vida em Carcavelos

O restaurante mais antigo da marginal ganhou nova vida, expressa numa decoração mais leve e luminosa a tirar partido da localização em frente à praia de Carcavelos. O peixe e marisco servidos à inglesa, esses, continuam a marcar a diferença.

Aqui não há papéis de parede floridos nem quadros com frases inspiradoras. Há uma longa frente de janelas de alto a baixo a deixar ver o mar e um piano de cauda no meio da sala. Depois de o restaurante, fundado em 1976 e remodelado em 2006, ter entrado para o portefólio do Grupo Sana o ano passado (o segundo projeto não hoteleiro a seguir ao SUD Lisboa), as mudanças verificaram-se sobretudo na decoração e numa carta mais organizada.

Toalhas brancas e verdes nas mesas, cadeiras de tons claros, candeeiros menos pesados. A ampla sala de 130 lugares tira agora todo o partido da iluminação natural do sítio e adapta-se ao pôr-do-sol e ao cair da noite com velas acesas nas mesas e um recanto mais intimista e quente ao pé de uma parede de pedra. Enquanto os clientes jantam, ao fim de semana, há um pianista sempre a tocar e as mulheres recebem uma flor.

Já os carrinhos de serviço, típicos do serviço à inglesa, quase não se ouvem. Nem há funcionários a circular com pratos ou travessas na mão. O próprio peixe do dia chega assim junto da mesa. O robalo e dourada são da costa portuguesa, a Garoupa vem do Senegal e outros peixes chegam da Grécia e da Turquia. A cozinha, que privilegia a grelha, trabalha diretamente com um importador para assim conseguir garantir a qualidade desejada.

Num grande aquário, as estrelas do mar são outras: há lagosta, lavagante, lagostim… A aposta d’A Pastorinha é servir espécies de marisco vivo «menos comuns noutros restaurantes», explica Vasco David, diretor do espaço. Por isso também há camarão de Espinho, caranguejo real do Alasca e bruxas dos Açores. O arroz de marisco descascado, o arroz de garoupa com gambas e o caril são alguns dos pratos mais pedidos.

Chegada a hora de escolher a sobremesa, o truque é não olhar para a carta, mas sim para o carrinho especial que chega com bolo de bolacha, salada de frutas, brigadeiro, tartes, profiteroles, trouxas-de-ovos e quindim de coco, entre outros doces populares. Um convite a prolongar a visita a Carcavelos, na companhia de um café, naquele que Vasco David considera «o último restaurante deste tipo» na linha de Cascais.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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