6 sítios para comer em Vila Nova de Gaia

Veja nesta fotogaleria o que provar em Vila Nova de Gaia

1. A Broa de Avintes da Padaria Neto

É de Avintes, freguesia de importância histó­rica e gastronómica, um dos pães mais apre­ciados da gastronomia portuguesa. Escura, de textura densa e sabor adocicado, a broa de Avintes é produzida há vários séculos, tendo tido os seus tempos áureos nos séculos XVIII e XIX.

O século XX foi mais atribulado. «Nos anos 1960 os produtores tiveram de se agregar nu­ma panificadora única. A broa passou a ser fei­ta em fornos não tradicionais», conta Manuel Neto, que vem de uma família de padeiros - já o seu bisavô produzia broas - e que, juntamente com a mulher Arminda Neto, dirige uma das padarias mais antigas a funcionar.

(Fotografia de Leonel Castro/GI)

1. A Broa de Avintes da Padaria Neto

Já depois do 25 de abril, as padarias voltaram a ter autonomia. A Padaria Ne­to foi a primeira a voltar a laborar após es­ta interrupção. «Ainda soquei muita mas­sa», diz, explicando que agora amassa-se mecanicamente. Outras coisas também mudaram: «O milho original com que se fazia a broa era o milho miúdo, doce, que se plantava nas margens do Febros», o afluente do Douro que cruza Avintes.

O milho utilizado atualmente «não é tão doce, nem o centeio tão escuro», por isso acrescenta-se malte à receita original para lhe dar a textura e o sabor de antigamen­te. A massa entra de madrugada para co­zer durante umas cinco horas.

(Fotografia de Leonel Castro/GI)

2. Mesa com Tradição

A uns dez minutos a pé do Parque Biológico, está-se já nu­ma das ruas principais de Avin­tes: a 5 de Outubro. Foi aqui que o chef Manuel Vieira decidiu ins­talar o seu projeto gastronómi­co Mesa com Tradição.

«Estava à procura de um espaço e não me preocupei em procurar no Porto, onde o mercado está saturado», explica. Quando viu este, achou-o ideal. «A cozinha era perfeita, o terraço magnífico e até dá para por um for­no a lenha.»

2. Mesa com Tradição

Aqui serve-se pratos de pratica­mente todo o país, com preponderância para o Norte. O cozido no pão de Baião - por enco­menda -, a vitela comida à colher, o bacalhau da Islândia assado, o cabrito ou o joelho de porco com arroz de salpicão e grelos são al­gumas das propostas que querem remeter para «memórias confortáveis».

3. Offline

Foi no Mucaba, café na Avenida da República que foi um dos principais responsáveis pela popularização da francesinha nos anos 1960 e 70, que José Fernandes aprendeu o ofício. «O Mucaba foi uma escola», afirma. Quando decidiu criar o seu próprio negócio, o Offli­ne, já depois de ter passado por outros es­paços, já lá vão 25 anos, quis continuar nos snacks mas sem copiar a antiga casa.

«O mo­lho da francesinha do Mucaba era muito for­te. Tive de o adaptar a partir da opinião dos clientes até encontrar a receita ideal.» Cla­ro que não se pode agradar a todos, mas o molho da sua francesinha é consensual.

3. Offline

O que também é consensual é a carne utiliza­da, de Lafões. Utiliza o bife de lombo, tan­to para a francesinha como para os pregos, uma carne que, sem exagero, parece derre­ter na boca de tão macia que é. Também tem as versões de carne assada, frango e maris­co. É sítio para comer durante o dia ou a al­tas horas da noite.

4. Croissants do Príncipe de Salgueiros

O segredo estará na manteiga, que dá aos croissants uma textura e sabor único. Nesta confeitaria à beira mar o trabalho não para.

4. Croissants do Príncipe de Salgueiros

Estão sempre a sair do forno croissants quentinhos. Durante os meses mais quentes, os clientes até fazem fila.

5. Petisqueira Tiscos

Em Canidelo, junto à praia, Gregory Re­sende e o irmão Carlos abriram há oito meses a petisqueira Tiscos. Os irmãos, que também gerem o Marina Caffé, optaram por criar um projeto diferente dos restaurantes à volta, de­dicados ao marisco e ao peixe.

5. Petisqueira Tiscos

Os petiscos tradionais que saem da cozi­nha do Tiscos são feitos pela mãe, que consegui­ram, com um longo «jogo de paciência» e mui­ta «chantagem emocional», convencer a tomar conta da cozinha do Tiscos. «Ela cozinhava para pessoas desfavorecidas e não foi fácil conven­cê-la a largar tudo para se dedicar ao projeto», explica Gregory.

Além de petiscos portugue­ses com rojões, alheira, camarões ao alho ou pi­ca-pau também há tapas espanholas e acompa­nhamentos, como arroz de feijão malandrinho.

6. Retiro do Paniceiro

Também é comida tradicional feita em am­biente familiar que se saboreia num dos mais antigos restaurantes da freguesia: o Retiro do Paniceiro.

Foi há 40 anos - completados em março passado - que os avós do Pedro, vin­dos de Cinfães do Douro, abriram a adega re­gional que aos poucos se foi transformando num restaurante. Pedro Santos não conhece os porme­nores que terão levado os avós a irem vi­ver para Gaia, mas sabe que era a avó Natália que orientava as lides da co­zinha.

A avó e o avô Manuel continu­am a ser lembrados numa fotografia ex­posta na parede e também por clientes fiéis que frequentam a casa há décadas. Pe­dro nasceu neste ambiente e veste a camisola com visível gosto e profissionalismo.

6. Retiro do Paniceiro

Quan­do os clientes se sentam são logo postas na mesa uma tábua de queijos e duas de enchi­dos quentes e frios, todos da zona de Cin­fães.

Para comer há sempre peixe fresco que se pode escolher da montra, cabrito, trio de filetes (polvo, pescada e bacalhau) com ma­landrinho de feijão, tudo com sabor caseiro.