Assume-se como um “não-lugar” porque prefere não se fechar num só rótulo e assumir a sua versatilidade. Nascido há cerca de um ano, o 46 Lisboa é o mais recente inquilino da Praça das Flores, no Príncipe Real, e junta debaixo do mesmo tecto várias facetas: funciona como restaurante e bar, com carta de petiscos e pratos, vinhos e cocktail, mas também é palco para música ao vivo, sessões de DJ, peças à venda de estilistas e artesãos e até exposições de arte, como é o caso da instalação giratória atrás do balcão do bar, que vai mostrando várias pinturas de forma rotativa e dinâmica.
A decoração vai espelhando o caráter da casa, ora elegante e cosmopolita, com os aveludados e alcatifados, ora mais idílico, como a frase escrita na porta de entrada que mostra a importância de se ser sonhador nos dias que correm. Para petiscar ao final da tarde ou jantar, há propostas com influências de várias cozinhas, como as ostras com molho vinagrete (4 unidades, 10€); a burrata trufada com pesto caseiro, tomate-cereja e azeite biológico (12€); a focaccia romana com tomatada, presunto, rúcula e parmesão (12€); os dumplings vegetarianos com cebolinho e kimchi (12€); o bacalhau à Brás com picle de cebola, batata palha e gema que é confecionada em vodka (13€); o cachorro 46, com pão brioche, salsicha merguez, tzatziki, picle de cebola e batata palha (10€); e a panacota de maracujá (8€). Para acompanhar, destaque para os cocktails de autor e a carta de vinhos, onde se incluem vinhas velhas e referências biológicas. Aos sábados, contudo, a dinâmica passa a ser matinal, com a chegada dos eventos Green Club, que junta a cultura plant-based à música. Das 11h às 15h, acontecem aqui sessões de DJ e música ao vivo com um brunch vegetariano e vegano.
Durante a semana, há petiscos variados na carta. Ao sábado, chega o brunch vegetariano e vegano.
O 46 Lisboa abriu há cerca de um ano no Príncipe Real.
Ainda que isso sirva a seu favor, para lhe dar um ambiente mais intimista e acolhedor, o 46 Lisboa conta com apenas cerca de 20 lugares sentados à mesa ou ao balcão. A escassez de uma esplanada é colmatada de forma criativa com os assentos almofadados que se situam ao ar livre, no outro lado do passeio, em plena Praça das Flores. Quem optar por esta opção, pode levar consigo uns auscultadores do bar e ouvir a playlist que está a passar no interior, com curadoria de Miguel Belo.
A música é também o motor do projeto Social Club, que traz ao 46 Lisboa residências mensais e apresentações ao vivo de músicos às quartas-feiras. Com a vertente Social Creators, o espaço mostra o trabalho e peças de designers e artesãos e o Takeover traz parcerias com plataformas e pensadores que queiram ocupar esta morada com os seus projetos. Já o Social Food convida clientes, curiosos e amantes da gastronomia a criarem os seus próprios menus de degustação.
Aos 20 lugares no interior juntam-se os assentos almofadados ao ar livre, na Praça das Flores.
Os aveludados e alcatifados marcam a decoração do espaço.
