Seis motivos para visitar o Algarve no inverno

Primeiro, um palco de batalhas entre portugueses e mouros e, depois, o ponto de partida para um novo mundo. A história desta região desenrola-se mesmo à frente dos olhos dos que se atrevam a descobri-la.

Parece difícil enumerar tudo aquilo que a região do Algarve tem para oferecer a quem a visita. Castelos, praias, termas e golfe. Boas vistas, boas comidas, gentes ainda melhores. Independentemente da altura do ano, há tesouros deslumbrantes à espera de serem desvendados.
Seja verão ou inverno, a sua localização prestigiada permite um tempo sempre agradável. O sol brilha a maior parte do ano, a temperatura dificilmente cai abaixo dos 10ºC, as brisas do Atlântico são suaves.
Assim, tire alguns dias para conhecer os lugares que normalmente lhe escapam nas semanas quentes de agosto. Das termas aos spas, passando por castelos e reservas naturais, este é o Algarve que vale sempre a pena desbravar.

Via Algarviana
Comece a sua aventura pelo Algarve desconhecido da melhor forma. A Via Algarviana é a Grande Rota Pedestre que atravessa a região de uma ponta à outra, dando a conhecer todas as suas maravilhas. Partindo de Alcoutim em direção ao Cabo de São Vicente, são 300 quilómetros que podem ser feitos a pé ou de bicicleta.
É composta por 14 setores, em diferentes localizações, das serras verdejantes ao mar de perder de vista. Também pode optar por realizar pequenas rotas e trilhos temáticos, se quiser, por exemplo, explorar o património mineiro ou as imponentes árvores que resistem às adversidades do tempo.
Este enorme percurso é perfeito para conhecer o interior algarvio, as suas gentes e costumes. Pode consultar o website oficial da Via Algarviana para planear os pontos por onde passar. Não se esqueça de reservar alojamento e de consultar as opções de restauração. Ao embarcar nesta aventura, estará também a apoiar o comércio local e o desenvolvimento destas pequenas, mas riquíssimas, localidades.

Fortaleza de Sagres
Avançando para sul, encontramos Sagres, um sítio cuja história começa ainda antes da conquista romana. E, assim que passamos o portão da fortaleza, sentimos a imponência de tudo o que já ali teve lugar.
Ainda assim, o mais surpreendente em toda esta experiência é a vastidão de céu e oceano que podemos contemplar. A partir do Cabo de São Vicente, o ponto mais a sudoeste da Europa, é impossível não se ficar profundamente deslumbrado pela vista.

Caldas de Monchique
A vila termal de Monchique é paragem obrigatória quando se visita a região. As Caldas de Monchique são a fusão perfeita entre bem-estar e paisagens de cortar a respiração.
Este oásis localiza-se perto do Pico da Fóia, o ponto mais alto da serra de Monchique, a partir do qual se vislumbra uma vasta mancha verde. As termas existem desde a ocupação romana, com “águas sagradas”, como lhe chamavam, a serem usadas para curar doenças da mente e do corpo.
Este pequeno paraíso atravessou séculos de profunda alteração social e urbana. Mas no meio de tanta transformação, as Caldas permaneceram um destino para todos os que querem fugir ao bulício das cidades e descobrir um Algarve diferente.

Castelo de Silves
O Algarve é a comunhão entre mundos e culturas diversas. Esta multiculturalidade é o que torna a região tão rica em património. Essa união é já milenar e uma das suas provas é o Castelo de Silves.
Construído pelos árabes há mais de um milénio, o castelo afirma-se, imponente, no topo da cidade. As suas muralhas e torres estão incrivelmente bem conservadas e escondem tesouros que marcam o início da história do país como hoje o conhecemos.

Núcleo Histórico da Cacela Velha
A história encontra-se mesmo nos locais mais pequenos. Localizado no concelho de Vila Real de Santo António e com vista para a Ria Formosa, está um dos mais importantes patrimónios arquitetónicos do Algarve. Cacela Velha, uma pequena povoação, é o vestígio do encontro entre povos e séculos.
O passado desta localidade ainda está a ser investigado. Porém, foram vários os povos a habitar este lugar, deixando pelas ruas as suas influências. As casas tradicionais, as chaminés algarvias e o ambiente que se sente nesta pequena povoação tornaram-se inspiração para poetas como Sophia de Mello Breyner Andresen ou Eugénio de Andrade.
No núcleo histórico, encontra-se uma fortaleza e uma igreja medieval, renovada entre os séculos XVI e XVIII e reconstruída depois do terramoto de 1755. Antes mesmo de entrar, a fachada do monumento chama logo à atenção pelos seus traços renascentistas. No interior, esconde-se um imponente retábulo neoclássico.

Parque Natural da Ria Formosa
De um lado, o mar, do outro, a ria. O Parque Natural da Ria Formosa estende-se por quase 18 mil hectares e é casa de uma enorme biodiversidade. Os meses frios são perfeitos para visitar este património natural uma vez que várias aves migratórias, originárias do norte da Europa, passam ali o seu inverno.
Para começar o passeio da melhor forma, visite o Centro de Educação Ambiental de Marim. Os profissionais dedicados vão informá-lo sobre os melhores pontos de observação e trilhos. Assim, estará preparado para entrar em comunhão total com a natureza.
Poderá também aproveitar a Ria a partir de um passeio num barco tradicional, numa vista privilegiada sobre as paisagens naturais deslumbrantes das ilhas do parque: Faro, Barreta, Culatra, Armona e Tavira.
Dos anos dedicados à pesca, extração de sal e a apanha de moluscos e bivalves nasceram iguarias ímpares, como a sopa de peixe ou o arroz de lingueirão, que poderá provar nos restaurantes à beira-mar.

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