De Melgaço a Vale de Cambra e de Esposende até às montanhas de granito de Basto, na fronteira com Trás-os-Montes, a região demarcada dos Vinhos Verdes estende-se por todo o noroeste português. É a maior do país, definida em 1908, e o seu imenso território, dominado pela paisagem verde – que dá nome ao vinho -, característica do Minho, e pontuado por cidades e vilas históricas, é sinónimo de diversidade.
Não só se divide em nove sub-regiões muito distintas – Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção/Melgaço, Paiva e Sousa -, com condições climáticas e solos que conferem características particulares aos vinhos, desde o aromático alvarinho de Monção e Melgaço aos tintos de Amarante e Paiva, como também potencia uma variada oferta turística que vai muito além do vinho. Ao longo dos 49 concelhos que compõem a Rota dos Vinhos Verdes, os visitantes podem conhecer produtores familiares, adegas modernas e quintas históricas, e também o património cultural do território, através de diferentes experiências e iniciativas abertas ao público.
(Fotografia: DR)
Restaurantes, unidades de alojamento e empresas de animação turística uniram-se às quintas e adegas da Rota para oferecer várias atividades e itinerários, e mostrar que a região dos Vinhos Verdes também é feita de praias e montanhas, vales e rios, cidades Património da Humanidade e parques naturais.
No site do Vinho Verde encontra-se a listagem dos produtores que fazem parte da Rota, assim como os respetivos programas e contactos. Para não começar do zero, o Solar do Alvarinho, em Melgaço, o Centro de Interpretação e Promoção do Vinho Verde (CIPVV), em Ponte de Lima, e a Casa do Vinho Verde, no Porto, são excelentes pontos de partida para iniciar a descoberta da região dos Vinhos Verdes.
# Casa do Vinho Verde
Provas no jardim
A Casa do Vinho Verde, sede da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, está instalada no Porto. Acolhe regularmente apresentações de novos produtos, exposições e provas que fazem viajar pelos aromas e sabores da Rota dos Vinhos Verdes. Todas as quartas-feiras, são organizadas provas temáticas nos jardins com vista para o rio Douro. Cada sessão junta três vinhos, comentados por um especialista. Para participar é necessário fazer pré-inscrição com marcação obrigatória de horário.
# Solar do Alvarinho
Os vinhos de Melgaço
Ao entrar neste edifício do século XVII, no centro histórico de Melgaço, o visitante é recebido com uma contextualização do concelho na região dos Vinhos Verdes, como parte da sub-região de Monção e Melgaço. Depois, pode conhecer algumas das marcas produzidas, através de informação que podem criar vnotade de passear nas vinhas e entrar numa adega. Também se tem direito a uma prova gratuita e no piso inferior encontra a zona de bar, com vinhos mais específicos e especiais.
# Centro de Interpretação e Promoção do Vinho Verde
Conhecer a história
Dedicado a divulgar a região demarcada, este espaço museológico no coração de Ponte de Lima promove viagem interativa pela história dos Vinhos Verdes. Na visita, fica-se a conhecer as nove sub-regiões, as diferentes castas, produtores e métodos de produção e todo o processo do vinho, desde a plantação das videiras. Há ainda espaço para provas e, todas as semanas, há um produtor em destaque.
AGENDA
Caminhadas e novos programas
Além das provas temáticas semanais da Casa do Vinho Verde, há muitas outras atividades a acontecer nas próximas semanas. Já foram retomadas as caminhadas pelas quintas da região (com datas até outubro) com provas de vinhos e produtos regionais no final. Passeios de buggy nas vinhas, oficinas de pintura com vinho, plantação de videiras e experiências de enólogo por um dia, são algumas das atividades de um novo programa lançado em julho no site da Rota.
A 4 de setembro decorre ainda a edição anual do evento “Dia de Portas Abertas”, em que os aderentes da Rota organizam um dia de visita alargado e provas especiais.
