Vinhos do porto para impressionar até 60 euros

Os chamados vintage de quinta são pérolas escondidas nos portefólios das casas de vinho do porto. Vinhos fantásticos, acessíveis e que falam de terroirs muito concretos.

Chamam-lhes vintages de quinta ou single quinta. São preciosidades, carregam nos rótulos o nome das casas que os produziram e são versáteis – tanto acompanham uma sobremesa de chocolate, como um bom queijo ou um punhado de frutos secos –, mas não nasceram em anos declarados vintage.

Em Portugal, os consumidores estarão mais habituados aos tawnies (vinhos do porto que envelhecem em madeira) e, mesmo quando compram portos do estilo ruby (que envelhecem em garrafa), ficar-se-ão pelos Rubies Reserva. Ora, os vintage estão no topo dos ruby e, como tal, é natural que custem bom dinheiro. Mas, como explica David Guimaraens, do grupo The Fladgate Partnership, «os vintage de quinta têm tudo para ser um sucesso: são um vintage e têm uma relação qualidade/preço excecional».

E a qualidade é inferior à de um vintage de ano clássico? O enólogo da Taylor’s garante que não: «A diferença entre um vintage declarado e um vintage de quinta é a longevidade, não é a qualidade. Os vintages declarados são aqueles que vão envelhecer muitos e muitos anos. Mas muitos de nós não vamos viver para esperar pela longevidade». David sugere o Taylor’s Vargellas Vintage Port 2004 (59 euros) e o Fonseca Guimaraens Vintage Port 2001 (62 euros) e, de outro produtor, a família Alves de Sousa, o Quinta da Gaivosa Porto Vintage 2015 (50,90 euros).

«Talvez os vintage de quinta sejam o segredo de uma boa oferta até 50/60 euros, sim».

Dominic Symington, administrador da Symington Family Estates, concorda: «Têm a história, a proveniência, a quinta específica. E têm a garantia e o renome da casa-mãe. Talvez os vintage de quinta sejam o segredo de uma boa oferta até 50/60 euros, sim». Das marcas detidas pelo grupo, destaca os vinhos Quinta dos Malvedos Vintage Port 2004 Graham’s (35 euros), Dow’s Quinta do Bomfim Vintage 2005 (29,99 euros) e o Warre’s Quinta da Cavadinha Vintage 2001 (29,99 euros). Para Dominic, é importante que quem sabe menos «assuma que não se é conhecedor» e «peça ajuda na sua garrafeira».

Dentro dos vintage de quinta, Natasha Bridge, administradora da Fladgate e atualmente tesoureira da Feitoria Inglesa – a associação de produtores britânicos de vinho do porto –, aconselha a olhar para «os anos 90». «Há vinhos muito bons. O Taylor’s Quinta de Vargellas Vintage Port 1991 (54 euros) está fantástico. Todas as outras empresas declararam 91 como ano vintage, nós fomos os únicos a declarar 92. A maioria dos jornalistas deu maior pontuação ao Quinta de Vargellas Vintage 1991 do que aos vintage das casas que declararam nesse ano».

«é possível através dos vintages de quinta viajar pelos diferentes terroirs do Douro»

A sugestão de Maria Emília Campos, administradora da Churchill’s, recai sobre um Late Bottled Vintage (LBV) «muito especial». «Fazemo-lo e engarrafamo-lo como se fosse um vintage [sem filtragem]. Toda a garrafa LBV da Churchill’s é realmente especial. Envelhece bem. Se um dia eu comprar garrafas e me esquecer delas em casa, o vinho nunca se vai estragar. Temos neste momento no mercado o LBV de 2005 (25 euros), que é mesmo especial. Foi engarrafado ao fim de quatro anos, neste momento tem oito anos de garrafa. Já criou depósito e obviamente precisa de ser decantado, mas estamos a vendê-lo com um funil especial para decantar. É uma preciosidade».

Se, como diz David Guimaraens, «é possível através dos vintages de quinta viajar pelos diferentes terroirs do Douro», há melhor mensagem para oferecer numa garrafa?

Percorra a fotograleria para ver algumas das sugestões das casas de vinho do porto.

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