Vinhos do porto para a mãe que gosta de doces

(Fotografia: Miguel Pereira/GI)
A proposta de oferecer um vinho do Porto à mãe no dia que lhe está reservado no calendário faz todo o sentido. Longanimidade, coração e doçura são atributos maternais inefáveis, que devemos acarinhar e por que nutrimos enorme gratidão, e a mãe tem-nos todos. Alinhámos algumas sugestões, para estilos e carteiras diversas.

Ainda está por inventar melhor antídoto para o stress e as ralações do que adoçar a boca. Sabiam-no bem os romanos que mesmo sem dispor ainda de açúcar na forma que hoje conhecemos, guardavam as películas depois de secas nas suas despensas, e assim compunham os finais de refeição e os momentos de conversa suave e repouso.

Há sempre uma gaveta com doçuras e guloseimas em casa da mãe e da avó, assim como sabem pela vida as pequeninas taças com leite-creme, aletria, mousse de chocolate ou arroz-doce que dormem por pouco tempo nos frigoríficos. Verdade que o momento deve ser de contenção, estamos a dar açúcar a mais aos nossos filhos e é assustador o excesso de açúcar que todos nós estamos a consumir sem dar por isso, desde o pão aos comprimidos, passando por delícias gastronómicas como o sushi.

Mas sem excessos, a doce recompensa é a melhor. E em todos os momentos, pode ser grande parceiro o vinho do Porto certo. Diz o povo que o que é doce nunca amargou, acrescentamos nós que o que é doce gosta de doce. Há menos de duas gerações, utilizávamos licores em doses homeopáticas, nos minúsculos e cómicos copinhos que todas as casas portugueses têm nos cantos cegos dos armários, foi por uma estranha razão que deixou de se praticar, com pena nossa. Vamos recuperar a tradição com vinho do Porto?

 

CÁLEM VELHOTES TAWNY PORTO (20%) SOGEVINUS | 7 EUROS
Estamos perante um autêntico porto multiusos, que tanto sabe bem por si só como a acompanhar uma de muitas sobremesas da tradição nacional. A relação preço-qualidade é indiscutível e a volta dada a uma simples amêndoa torrada é tão eficaz como a que dá a uma tarte de maçã. Não é por acaso que a marca é um dos mais felizes êxitos do vinho do Porto.

POÇAS PINK PORTO (19,5%) MANOEL D. POÇAS JÚNIOR | 10 EUROS
Foi a segunda casa a apresentar um porto rosé – a primeira foi a Croft – e em boa hora o fez. Pratos gratinados no forno, massas italianas sem picante, e peixes fumados gostam muito da companhia de portos deste estilo, ainda desconhecido de muitos. Também se utiliza integrado em cocktails, mas como porto autónomo merece pelo menos conferência.

MALVASIA PORTO WHITE (19%) REAL COMPANHIA VELHA | 7 EUROS
Quando os primeiros monges cistercienses vieram para S. João de Tarouca, plantaram entre outras, as primeiras vinhas de malvasia, que mais tarde viria a tornar-se base importante dos vinhos do Porto brancos. Rapidamente começou o cruzamento entre doçaria e vinho do Porto, que ainda hoje perdura. Rabanadas, farturas e outras frituras doces vão muito bem, assim como queijos pouco curados.

QUINTA DAS LAMEIRAS 20 ANOS TAWNY PORTO (19,5%) JOSÉ GUEDES | 44 EUROS
Um segredo muito bem guardado, os vinhos do Porto desta quinta e este 20 anos é absoluta relíquia, com queda para a doçaria conventual, nougats e frutos secos torrados. Gosta de bolo-rei e dá-se bem com tartes de cobertura caramelizada. Não diz que não a uma sessão de scones de manteiga na hora do chá.

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