A terceira edição do Segredo 6, a gama de vinhos criada pelo empresário António Boal e pelo ex-futebolista Francisco Costa – ou Costinha -, está pronta e refere-se à colheita de 2021, sucedendo às safras de 2020 e 2019 que já lançaram no mercado. O Segredo 6 2021 é produzido a partir de vinhas velhas com quase sete décadas e 4,5 hectares, situadas em Mirandela, Trás-Os-Montes.
A nova colheita engarrafada é produzida a partir de um blend de castas autóctones daquela região – Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Amarela, Alicante Bouschet, Bastardo e Tinta Roriz, entre outras – e chega ao consumidor após um estágio de “um longo período de meses em barricas de carvalho francês, selecionadas pela equipa de enologia da 2 CC [produtora vínica] em conjunto com a tanoaria para este perfil de vinho”, explica Paulo Nunes, enólogo. O mesmo responsável que o Segredo 6, de cor rubi, aroma complexo de fruta vermelha e balsâmico mentolado, junta “um equilíbrio harmonioso em todo o seu conjunto”, mostrando “um vinho de estrutura e caráter com grande persistência”, acrescenta o responsável da enologia, descrevendo a nova colheita como “a melhor” de todas.
António Boal e Francisco Costa. (Fotografias: DR)
O vinho de 2021 de Boal e Costinha chega ao mercado em 475 garrafas, sendo que 20% da produção já foi adquirida por membros do clube de apreciadores de vinhos da 2 CC, o Clube Gold, antes do lançamento oficial. A grande maioria das garrafas, 400, em formato Magnum (600 euros), mas também há 50 de cinco litros (1800 euros) e 25 de 15 litros (8000 euros).
Recorde-se que o vinho transmontano, já disponível para venda no Clube Gold e que chegará ao mercado em breve, em quantidades limitadas, foi galardoado recentemente. O Segredo 6 Cuvée Vinhas Velhas 2020 ficou este ano no top 3 dos melhores tintos nacionais, no Top 10 Vinhos Portugueses da Essência do Vinho, que resulta da prova cega de 46 jurados, vindos de mais de uma dezena de países.
A nova edição do Segredo 6
O nome de batismo do vinho, de resto, é uma alusão ao número que Costinha utilizou tanto no FC Porto como na Seleção. “Sou há muitos anos um apaixonado por vinho. Tive sempre em mente abraçar um projeto ligado ao setor, mas queria ter intervenção em todo o processo, da vinha à garrafa. Não queria ser só uma figura, um mero investidor. Da amizade com o António proporcionou-se a concretização desta vontade e tem sido extraordinário este caminho. Trás-os-Montes e as suas vinhas velhas não deixam de me surpreender todos os dias. E ver esta minha admiração pelos vinhos da região validada por um júri internacional aumenta, obviamente, a responsabilidade de toda a equipa, mas também nos dá alento para manter a nossa premissa: fazer vinhos de qualidade superior, a preços desse mesmo nível, posicionando esta região no patamar do segmento premium”, explicou Francisco Costa, aquando da distinção.
