Uma viagem à descoberta das caves de vinho do porto

Percorra a fotogaleria para conhecer em detalhe 16 caves de vinho do porto em Vila Nova de Gaia.

Na fotografia: copo de vinho das caves Taylor´s.

(Fotografia de Fábio Poço/GI)

01. Museus em redor do vinho

Ramos Pinto

O legado de Adriano Ramos Pinto, figura de alguma excentricidade no seu tempo, é dado a conhecer num museu situado nos antigos escritórios da empresa. Lá, apreciam-se os pósteres publicitários da Belle Époque – muito marcantes na época -, os painéis de azulejos de 1909, mobiliário e utensílios da década de 1930 e o escritório do fundador. A isto, acrescenta-se uma passagem pela cave e uma prova de dois vinhos reserva no final.

(Fotografia: DR)

Graham’s

No museu, exibe-se documentação e objetos relacionados com a história da empresa e da família, como ementas de uma refeição com Graham’s Six Grapes a bordo dos Queen Mary I e II, um relógio de bolso feito por Patek Philippe para a rainha Maria Pia de Portugal e comprado num leilão por Andrew James Symington depois da abdicação da família real em 1910. E outras relíquias, como cartas do ex-presidente Barack Obama.

(Fotografia de Leonel de Castro/GI)

Ferreira

No museu das Caves Ferreira, empresa criada por uma família de viticultores do Douro e que pertence hoje ao grupo Sogrape, há objetos pessoais de dona Antónia Adelaide Ferreira e um retrato dessa mulher que deixou uma fortíssima marca no Douro e na produção de vinho do porto. Há uma segunda área museológica onde estão expostas alfaias agrícolas. No final, pode fazer-se uma prova de vinhos.

(Fotografias de Pedro Granadeiro/GI)

Sandeman

A Sandeman tem um museu onde se pode saber mais sobre o fundador da marca, George Sandeman, e os principais momentos da história da empresa. Ali encontram-se cápsulas originais, sinetes que serviam para marcar o lacre e o ferro com que a marca identificava as pipas, imagens da exportação a partir de Gaia e garrafas do século XVII. Nas visitas, os guias estão trajados tal qual o Don, e a há uma prova no fim.

02. As caves escondidas

Croft

Escondido no miolo do casco histórico de Gaia, o centro de visitas propõe a «experiência Croft», que inclui a visita às caves de envelhecimento e a degustação de três vinhos do porto de categoria especial: o Croft Pink, o reserva e um tawny 10 anos.

(Fotografia: Global Imagens)

Churchill’s

Este é o centro de visitas das caves de vinho do Porto mais recente. É um espaço acolhedor onde a visita é personalizada, para grupos pequenos. A área visitável das caves, embora pequena, é uma visita que vale pelo conhecimento e pelos vinhos. Com alguma sorte, pode-se fazer provas na companhia de Johnny Graham, caso esteja presente, e, no verão, a degustação faz-se num terraço com vista.

(Fotografia de Leonel de Castro/GI)

Offley

Há três diferentes visitas por onde se escolher nas caves Offley - a Clássica, a Offley Reserva e a Barão de Forrester. Todas incluem ouvir a história do Barão de Forrester e o seu papel na indústria do vinho do porto, enquanto se faz um trajeto entre filas de cascos de envelhecimento, alterando-se apenas os vinhos da prova comentada.

(Fotografia: DR)

03. As caves com novidades

Poças Junior

Esta cave abriu pela primeira a visitas há pouco tempo. O armazém dá a conhecer trabalhos que normalmente decorrem nos bastidores, caso das filtragens do vinho ou do engarrafamento. Observa-se também a tanoaria, as pipas, e aprende-se sobre a empresa, a região do Douro, o clima e o terroir durienses, os diferentes tipos de porto. Na sala de provas, experimentam-se dois portos reserva, sendo possível provar outros vinhos da casa e fazer provas específicas, com queijos ou chocolates.

(Fotografia: DR)

Cockburn’s

O lodge da Cockburn’s reabriu este ano, depois de uma remodelação. O novo circuito de visitas inclui uma passagem pela icónica tanoaria da empresa (até agora fechada ao público), onde se pode ver os tanoeiros em ação, um museu que conta a história da empresa, da família Symington e das outras que construíram a Cockburn’s desde 1615, duas acolhedoras salas de provas e uma loja.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Taylor’s

A zona de visitas foi aumentada e remodelada, e o percurso pode ser agora feito com recurso a audioguias e com o apoio de painéis informativos, objetos, fotografias e vídeos. Logo que chega, o visitante recebe um mapa das caves, que pode percorrer como quiser. Alguns dos destaques são o núcleo de tanoaria, uma passagem onde se encontra a garrafeira que guarda portos com mais de 200 anos, e o Selfie Spot. No final, há degustação de vinhos.

(Fotografia de Fábio Poço/GI)

Real Companhia Velha

Este ano, a casa bicentenária inaugurou seis programas - Clássico, Premium, Fundadores, Colheitas, Vintage ou Memories - e uma nova sala de provas. A visita pelas caves começa com a projeção de um vídeo – sobre a história da Companhia e a produção do vinho do porto, desde o Douro até Gaia –, prossegue com a visita ao armazém principal de envelhecimento e segue para o Museu Vintage. A prova no final varia conforme o programa.

(Fotografia: DR)

04. As caves com vista

Burmester

É a única cave de vinho do porto que fica na zona classificada como Património da Humanidade. A garrafeira histórica guarda portos de 1820 e é um dos destaques desta cave, onde há uma rua londrina – uma réplica da Burmester Road, do bairro de Wimbledon. A visita termina com uma prova.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Porto Cruz

A Porto Cruz não tem caves abertas ao público mas tem um centro multimédia que celebra a cultura do vinho do porto, com salas para provas e workshops, restaurante com cozinha de assinatura e o Terrace Lounge 360°, um terraço com vista panorâmica.

(Fotografia: DR)

05. Para fazer compras

Kopke

O espaço, distribuído por três pisos, tem a loja no rés-do-chão, a principal sala de provas no primeiro andar e uma sala mais privada, no segundo. O visitante pode provar tawnies Colheita desde 1937 até 2003, combinados com chocolates da Arcádia.

(Fotografia de Isabel Leal/GI)

Quinta do Noval

Esta marca perdeu as caves de Gaia num incêndio, mas mantém-se presente junto ao Douro com uma loja e uma moderna sala de provas, onde tanto se pode pedir a copo portos brancos como tawnies velhos. À exceção dos vintages, a Quinta do Noval tem as gamas todas disponíveis para serviço a copo.

(Fotografia de Leonel de Castro/GI)

Rozès

Na Rozès as portas estão abertas, mediante marcação, mas não há propriamente um centro de visitas. A cave é pequena mas nem por isso deixa de ter histórias para contar, como a das vasilhas de formas especiais que dão ambiente à sala de receção onde decorrem as provas. O melhor de ir à Rozès é a possibilidade de adquirir vinhos do porto e champanhes que não se encontram no supermercado.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)