Verso: há novos cocktails em lata com sabores portugueses

Tiago Oliveira e Wilson Pires são os criadores da Verso Cocktails. (Fotografia de Paulo Spranger/GI)
Dois jovens amigos farenses criaram uma marca de cocktails enlatados durante a pandemia. Chamam-se Verso, e todos levam ingredientes portugueses.

Quando as circunstâncias pandémicas ditaram o afastamento das empresas onde trabalhavam, Wilson Pires e Tiago Oliveira tiveram a ideia de criar uma marca que pudesse levar a coquetelaria às pessoas num formato prático de beber. Assim nasceu a marca Verso, com seis sabores facilmente identificáveis e uma filosofia de produção artesanal, cujo slogan é “A vida sabe melhor em verso”.

Wilson Pires, farense de 32 anos formado em Turismo, trabalhava como bartender no Florería Atlántico, em Buenos Aires, Argentina, quando a pandemia instalou uma sensação agridoce um pouco por todo o mundo. O amigo e sócio Tiago Oliveira, por sua vez, trabalhava numa empresa de formação e consultoria de bar, que também viria a sofrer os efeitos do confinamento.

“A pandemia foi o grande responsável por eu ter regressado e ficado em Portugal”, confessou Wilson numa conversa com jornalistas, num dos intervalos das conferências da Algarve Tech Hub Summit, que decorreu na Fábrica da Cerveja, em Faro, entre 28 de março e 3 de abril. Mas também foi o motor de inovação que os levou a criar cocktails enlatados. “O take-away de bebidas não é fácil”, admite.

Inspirados pela portugalidade (e pelos aromas e produtos algarvios), criaram quatro bebidas com álcool e duas sem álcool com sabores facilmente reconhecidos. Segundo eles, trata-se de um leque de bebidas já finalizadas que “não existiam” no formato de venda em lata – que tem sido, de resto, escolhido por várias marcas para tornar o consumo de vinhos e outras bebidas mais descontraído.

Entre os cocktails alcoólicos encontram-se a sangria mediterrânica com pera, manjericão e gengibre; a poncha da Madeira com maracujá, tangerina e mel; o spritz de framboesa e erva príncipe; e o porto tónico com zimbro, pepino e hortelã. Sem álcool pode-se beber a soda de toranja e manjerona e o tepache com ananás dos Açores fermentado e lúpulo (ingrediente tradicionalmente ligado à cerveja).

Os sabores com álcool custam 3,50 euros a unidade. O tepache custa 2,50 euros e a soda 1,50 euros/lata.

A maioria dos produtos empregues na produção chega de pequenos produtores (como a pera do Oeste) ou é, até, colhida pelos próprios (“de bicicleta”, no caso das framboesas), e a produção é feita, neste momento, no interior de uma garagem, com Wilson a inspirar-se, com humor, nos projetos que nasceram em garagens, e hoje são multinacionais de sucesso em diversas áreas.

Já os rótulos das latas replicam os padrões dos azulejos que adornavam as escadas do primeiro local onde começaram a produção. “Cada cocktail é um verso”, diz Wilson, e dá origem a um poema coletivo. As bebidas podem ser encomendadas através do Instagram e estão à venda na Associação Recreativa e Cultural de Músicos (cujo espaço é gerido pelo Grupo Call In, do qual são parceiros), em Faro, nos hotéis Conrad Algarve e Vila Vita e em alguns restaurantes locais.




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