Uma instalação com um bar dentro? Isso é Stupido

Vhils é o curador artístico deste projeto no Cais do Sodré, em Lisboa, que terá uma instalação de Felipe Pantone durante o primeiro ano, e cuja música é da responsabilidade de Fred Ferreira. Um dream team junto num espaço único.

Há os bares «normais» e depois há o Stupido. Está noutra dimensão. Desde logo porque apresenta o 1/1, uma instalação que todos os anos será de um artista diferente, tornando o espaço único. O conceito foi proposto por Alexandre Farto, mais conhecido por Vhils, um dos mais aclamados artistas nacionais do nosso tempo. Os autores são desafiados a desenvolver uma intervenção que transforme o espaço físico do bar numa obra artística. O primeiro convidado é Felipe Pantone, artista hispano-argentino com experiência no graffiti e na arte cinética, que optou por uma vibrante palete de cores.

A programação musical, que funciona como extensão da instalação, é da responsabilidade de Fred Ferreira, músico e produtor de projetos como Orelha Negra, Banda do Mar, Buraka Som Sistema ou 5-30. «Gostava de realçar a importância que este espaço vai assumir no lançamento de artistas como foram no passado Slow J, através do estúdio do curador do Stupido, o Fred», diz Pedro Garcia, um dos sócios do bar. «O som aos fins de semana recairá principalmente no hip hop dançável», acrescenta.

Pedro é formado em Marketing e Publicidade, viveu depois quatro anos em Itália, onde estudou fotografia. Viajou pelo mundo como fotógrafo, fez um boutique hotel de quatro quartos no Bairro Alto e, em 2013, foi cofundador e sócio do Park. «Ocupava-me de toda a comunicação, curadoria e programação do espaço», conta, até que no ínicio de 2016 teve a ideia para este projeto numa das suas muitas viagens a Milão. «Juntei os meus amigos Vhils e Fred para curadores e a agência Live Content como sócios deste projeto» e eis que o Stupido abriu portas este mês. Além de ter muitos significados, um deles é porque «depois de alguns anos como sócio do Park, achei que se adequava, não porque este seja um projeto menor, antes pelo contrário, mas pelo desafio que acarreta», justifica.

Artes à parte, além das várias sugestões de bebidas da carta, como cocktails, gin, espirituosos, vinhos e cerveja, as pizas são deliciosas e servidas das 18h00 em diante. O cocktail Stupido, à base de rum, pimenta, gengibre e alecrim, «foi pensado e criado com o mesmo mood que o espaço, de forma Stupido», explica o chefe de bar José Pinto. Custa 8 euros.

 

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