Uma casa (independente) para nos sentirmos bem-vindos

Este bar celebra cinco anos no pico da popularidade e com um abraço à diversidade de quem lá entra. E os motivos para entrar e ficar são muitos: concertos, exposições, petiscos, cocktails. E vinho quente, que é um hit nesta altura do ano.

Há sete anos, quando procuravam um espaço que albergasse um espetáculo dos Dead Combo no Intendente, Inês Valdez e Patrícia Craveiro Lopes estavam longe de imaginar que a sua Casa Independente, que fundaram em 2012, estaria, hoje em dia, mais viva do que nunca, recebendo 400 pessoas num dia de fim de semana.

Com uma estética vintage e descontraída, o bar recuperou o espaço que pertenceu em tempos à Casa da Comarca de Figueiró dos Vinhos e tornou-o um dos mais procurados do panorama lisboeta. «Apaixonámo-nos à primeira vista. A nossa ideia era construir o nosso ninho, uma casa artística, onde te sentes bem, bebes e comes bem e ouves música curtida», conta Inês Valdez sobre a casa que alberga frequentemente exposições, concertos e outras atividades culturais, ou não estivessem as fundadoras ligadas ao mundo da música e artes plásticas.

As duas sócias, que abriram este ano no mesmo edifício o bar Andar de Cima, contam que parte da decoração vintage vem de casa de alguns tios e avós. Primeiro foi uma questão financeira, mas já se tornou mais do que isso. «Aqui os objetos têm história e memória», diz Inês.

A boa notícia é que aqui todos são bem-vindos. «Toda a gente vem aqui, desde os miúdos à geração da minha sogra. A diversidade é muitíssimo importante. E o caráter da casa constrói-se também através de quem cá vem», frisa Inês. A amiga e parceira adianta: «Tanto vês cá a prostituta da rua, que é nossa amiga, como o “tio” de Cascais. E isso é ótimo, adoramos essa coabitação».

Ainda assim, as preferências dos petiscos têm-se revelado semelhantes. «Os clássicos, como o belo do pica-pau, do qual também temos versão vegetariana com seitan, ou os croquetes de alheira com molho alioli ou o ceviche com puré de batata-doce», conta Patrícia, revelando ainda que a maioria dos produtos vem dos vizinhos: do comércio do Intentendente e ao redor.

Nas bebidas, «o vinho quente com especiarias, inclusive piri-piri, é um super-vencedor. A malta adora!», diz a fundadora. Mas também cocktails como Moscow mule ou mimosa, à base de vodka e champanhe, respetivamente, ou a variedade de vinhos, muitos deles de pequenos produtores. «O vinho também se pede muito porque a Casa Independente é um sítio de se sentar e estar com tempo», frisa. Quase como em nossas casas. Não é por acaso que o local não tem placa à entrada a anunciar o seu nome: «Fazemos questão. Uma casa normal também não tem plaqueta.»

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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