Um laboratório aberto: agora podemos testar cocktails na Toca da Raposa

Um laboratório aberto: agora podemos testar cocktails na Toca da Raposa
Nas novas R&D Sessions, o público pode provar novos cocktails de autor e testes com bebidas na Toca da Raposa, Chiado, aprendendo mais sobre a mixologia de Constança Raposo Cordeiro.

Um autêntico laboratório aberto, onde se descortina um pouco do mundo da mixologia, de forma descontraída e criativa, em grupo e à mesa. É assim a partir de agora com as novas R&D (Research & Development) Sessions, todas as quartas-feiras, na Toca da Raposa, o bar que Constança Raposo Cordeiro abriu há cerca de ano e meio no Chiado, com aposta nos cocktails de autor com produtos de época. Durante uma hora e meia, qualquer pessoa pode provar, testar, comentar e ajudar a aperfeiçoar futuras criações do bar, ou apenas experiências, sempre pelas 18h30 e pelas 20h30.

“Sentia que, cada vez mais, aquilo que as pessoas mais gostavam na Toca era estar à volta da mesa principal, de falar connosco, partilhar coisas. Quis tirar partido disso e deixar que o público fizesse parte do nosso processo de criação. Mas também quis fazer estas sessões para nos dar, a nós mesmos, um push. É uma forma de estarmos sempre a desenvolver e criar coisas novas”, explica a dona do bar, que alia os produtos orgânicos a destilados, infusões e fermentações.

“Cada sessão nunca será igual”, acrescenta Constança. E isso porque muito do que aqui se vai provando e testando tem como base ingredientes que a mesma vai apanhando, que nunca são os mesmos. Casos das folhas-bebé de figueira que se junta ao rum para fazer um daiquiri; das sementes de freixo usadas para criar um licor, apanhadas no quintal da propriedade alentejana onde Constança já viveu; ou até das folhas de mostarda que traz do Parque Florestal de Monsanto, e que usa para juntar a uma vodka redestilada a baixa temperatura.

Nestas sessões, questionam-se quantidades, conjugações de sabores, explicam-se processos de mixologia e antecipam-se as criações que estão prestes a reforçar a carta da Toca da Raposa. Como é o caso do Beija-Flor (9€), com gin redestilado com lúcia-lima e uma soda feita com tangerina, maçã, pera e ananás dos Açores. “Esta é daquelas bebidas que queria para sempre na carta”, atira a bartender. Outra das novidades é o Urso (11€), que surge de uma mistura de absinto, vinhos fortificados e dois tipos de cogumelos: shiitake e pleurotus.

Nas novas R&D Sessions, as bebidas que se vão provando são acompanhadas de azeite do Esporão, pão artesanal da Isco e uma série de produtos orgânicos e naturais – como couve-flor, rábano, nabo, aipo ou alface, vindos da herdade do Vale das Dúvidas, em Portel, Alentejo, para ir “picando” entre cocktails. “Quis reforçar o quão bom é o produto não manipulado”, conta Cordeiro. Enquanto isso, cada participante tem uma folha ao lado onde pode, caso queira, anotar comentários, avaliações ou sugestões. A iniciativa é feita sempre em grupo, com um limite máximo de 12 pessoas, e tem o preço de 25 euros.

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