Dois bares e novos cocktails para conhecer na noite de Lisboa

Cocktails de autor, reinventados e petiscos originais compõem a oferta do bar Ruby Rosa, em Lisboa. (Fotografia de Gerardo Santos/GI)
Dois novos bares speakeasy e uma nova carta de cocktails com vinhos nacionais são os pontos de paragem deste roteiro de copos em Lisboa.

O Ruby Rosa, na Baixa de Lisboa, é um caleidoscópio com cocktails dentro

O Ruby Rosa é o um dos recentes bares/terraços da Baixa de Lisboa, com estética inspirada no interior de uma caixa de joias. Um excesso de padrões, espelhos e roupas vintage que esconde cocktails clássicos e de autor, acompanhados por petiscos.

Cocktails de autor, reinventados e petiscos originais compõem a oferta do bar Ruby Rosa, em Lisboa. (Fotografia de Gerardo Santos/GI)

Para entrar no novíssimo Ruby Rosa é preciso subir de elevador até ao quinto piso do hotel de apartamentos Lisbon Art Stay, na Rua dos Sapateiros. Seguem-se dois lances de escadas revestidas a carpete espampanante e com paredes espelhadas, um quase labirinto que desemboca numa pequena sala ao comprido, e chega-se ao terraço suspenso sobre o quarteirão pombalino. À esquerda, o castelo; à direita, o Elevador de Santa Justa e o Convento do Carmo; em frente, o recorte azul do Tejo.

As paredes de espelho da sala multiplicam as imagens como um caleidoscópio, ou conforme explica a designer de interiores Chiara Gerer (da família que gere o hotel), “uma reinterpretação de uma caixa de joias em grande escala”. Há sofás e cadeiras com tecidos de padrões garridos e desirmanados, e como a ocupação é de apenas 35 pessoas, existe uma sala no piso inferior com uma campainha que permite aos clientes pedir uma flute de espumante, enquanto esperam para subir ao Ruby Rosa.

(Fotografia de Gerardo Santos/GI)

(Fotografia de Gerardo Santos/GI)

O estilo “kitsch” aplica-se também à farda dos funcionários, que podem compor um visual diferente todos os dias a partir de um guarda-roupa vintage. Tudo em sintonia com o conceito do bar, liderado pelo head bartender Alex Camargo. Natural de São Paulo e com 41 anos, trabalhou em grupos de conhecidos chefs como Alex Atala e Henrique Fogaça. Aqui, propõe um leque de cocktails anglosaxónicos criados entre 1862 e 1930 (década da Lei Seca e dos bares speakeasy), e outros quatro originais.

O It’s a Date (trocadilho com “tâmara” em inglês) leva vinho de tâmaras, rum, azeite balsâmico e fernet branca – o fruto ajuda a limpar o paladar após o primeiro gole – e o Bold Fashioned é uma reinterpretação do clássico Old Fashioned com cachaça envelhecida, melaço de cana com romã e digestivo amaro averna. Já o Nutty Boy leva bitters de angostura, brandy português, orchata de castanha, limão e clara de ovo; e o Too Mush-Room cogumelos fritos e óleo de sésamo tostado, na receita.

(Fotografia de Gerardo Santos/GI)

(Fotografia de Gerardo Santos/GI)

Em linha com a irreverência dos cocktails há quatro sugestões de “finger food” para comer sem medo de sujar os dedos, como bola-de-berlim salgada com miolo de camarão e mousse de abacate e um “bembom” de pato confitado em grué de cacau com castanha e redução de líchia. O Ruby Rosa predispõe os clientes a ficar, beber e socializar e tem como ambição reaproximar os lisboetas da Baixa. No piso térreo funciona o restaurante/bar Navega e abriu o bar Fãncy, com DJs, cocktails e petiscos.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 


Sneaky Sip: o novo bar secreto do Príncipe Real tem cocktails ‘fora da caixa’

Anchovas, alho e gordura de pato são alguns dos ingredientes utilizados nos cocktails criativos do novo bar Sneaky Sip, no Príncipe Real, em Lisboa.

A carta do Sneaky Sip tem nove cocktails de assinatura com ingredientes inusitados. (Fotografia de Rita Chantre/GI)

Do outro lado da campainha ouve-se uma pergunta pela palavra-passe. Entra-se por dentro de uma cabine de fotografias e ao fim de um lance de escadas desce-se ao Sneaky Sip, aberto pelos mesmos responsáveis do Café Klandestino, no Intendente. Para aqui, trouxeram um ambiente de “speakeasy moderno e divertido”, com uma entrada sorrateira (“sneaky”) e um interior marcado por cores e luz néon.

À frente do projeto está o bartender João Resende, com 13 anos de experiência. O menu tem nove cocktails de assinatura com ingredientes inusitados: anchovas; gordura de pato; alho; queijo; alface; kiwi e gochujang (pasta de pimenta coreano); goiaba e balsâmico; tamarindo; mostarda e jaca fruit (fruta tropical brasileira). Há ainda cocktails “highballs” (para beber lentamente) e um negroni com trufa e queijo.

João Resende é o responsável pelo bar Sneaky Sip. (Fotografia de Rita Chantre/GI)

(Fotografia de Rita Chantre/GI)

O anchovas é um “twist” de um Dry Martini com dois momentos de comer e beber. Diferente é o cocktail com gordura de pato, que traz as doses já calibradas para o cliente as misturar no copo com gelo. “Também fazemos clássicos e mocktails, a pedido. Só não vendemos vinho e cerveja”, completa João. Para picar há edamame, pato confitado em bolo do caco e bun de bacalhau fumado, entre outros petiscos.

 

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Há novos cocktails no bar Federico (e um deles tem uma bolha de sabão fumada)

O bar do restaurante Federico, no Palácio Ludovice Wine Experience Hotel, lançou uma nova carta com oito cocktails de assinatura que espelham a essência do vinho português.

O Smells Like Wine Spirit é composto por vinho rosé e uma vistosa bolha de sabão comestível fumada. (Fotografia: DR)

Espumante, vinho verde, branco, tinto, rosé, moscatel, porto tónico e porto LBV. É este o elenco de vinhos portugueses que o head bartender convocou para nova carta de cocktails do Federico, o bar do Palácio Ludovice Wine Experience Hotel, situado em São Pedro de Alcântara, em Lisboa. “É um conceito entre o tradicional e o moderno”, explica à “Evasões” o profissional com 17 anos de experiência e que antes de assumir o cargo no hotel trabalhou no restaurante Seen, na Avenida da Liberdade.

Os oito novos cocktails são capazes de servir todos os gostos, mas Daniel Palma não hesita em destacar o “refrescante” Here Comes The Wine, à base de vinho verde, sumo de limão, xarope de mel e folhas de manjericão; e o Smells Like Wine Spirit, composto por vinho rosé e uma vistosa bolha de sabão comestível fumada. “Foi um desafio elaborar estas bebidas, porque o vinho é mais difícil de trabalhar em cocktail do que as destiladas”, confessa.

Todas as bebidas foram batizadas com nomes de músicas de bandas intemporais, como os The Beatles ou os Bee Gees, o que, na opinião do responsável, é capaz de suscitar conversas animadas entre os clientes. Mas as novidades do hotel não se ficam pelo bar, com acesso independente do hotel e aberto a não-hóspedes. A carta do restaurante foi também refrescada para combinar com a nova estação primaveril, desta feita pelo chef Ricardo Simões.

Creme vichisoise com cavala curada, ovas de trufa, aipo e maçã; croquetes de leitão com maionese de caril e laranja e mostarda dijon; pregado com puré de aipo e molho fumé de peixe; e magret de pato com chocolate e amêndoa são algumas das novas criações da cozinha do Federico. A componente vínica, sempre presente no hotel, inclui, de resto, provas diárias ao final da tarde (sob marcação), provas semanais com produtores, menus de harmonização, visitas ao Instituto do Vinho do Porto e tratamentos de vinoterapia no boutique spa da marca Caudalie.

(Fotografia: DR)

 

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