Browers estreia-se no Beato, em Lisboa, com micro-cervejaria e petiscos

Croquetes, recheio de Sapateira, oos rotos e salada de polvo são alguns dos petiscos que acompanham as cervejas Browers. (Fotografia de Rita Chantre)
A Super Bock associou-se ao grupo de restauração Plateform e transformou uma antiga central elétrica numa cervejeira, piscando o olho aos produtores artesanais situados entre Marvila e o Beato. Ao balcão, com 30 metros de comprimento, petisca-se e assiste-se a futuros eventos.

A produção de luz na antiga central elétrica da Manutenção Militar, na freguesia do Beato, pode ter terminado, mas energia não lhe falta, desde que o espaço reabriu ao usufruto público, em meados de novembro, como Browers Beato. O projeto estava a fermentar nos bastidores do Super Bock Group há sete anos, altura em que Lisboa anunciou aquele que viria a ser o Hub Criativo do Beato (hoje Beato Innovation District, um campus tecnológico integrado na Unicorn Factory Lisboa), e ocupa 700 metros quadrados com micro-produção de cerveja, restaurante e área de eventos.

Depois de anos de abandono, à semelhança do que sucedeu aos edifícios vizinhos que desde 2022 acolhem A Praça, o armazém foi reabilitado pelos arquitetos Eduardo Souto de Moura e Nuno Graça Moura tendo em vista o respeito pelos elementos arquitetónicos originais, como as fachadas, uma ponte móvel, um gerador e os vitrais das janelas. E a produção de energia deu lugar à das 12 cervejas da The Browers Company, um “spin-off” do Super Bock Group dotado de “maior liberdade para inovar e trazer diversidade cervejeira, e uma dinâmica colaborativa”.

A explicação é avançada pelo diretor de marketing Rui Mota, que explica que “um dos aspetos essenciais era ter à vista dos clientes um espaço de produção”, composto por uma sala de fabrico com mil litros de capacidade, cubas de fermentação e tanques horizontais – visitáveis a pedido. É nele que a seleção dos cereais, lúpulos e levedura tem lugar, seguida da maltagem, moagem, brassagem, ebulição, fermentação, maturação e enchimento dos barris. Oito cervejas já são fabricadas ali e as restantes são produzidas na sede, em Leça do Balio, Matosinhos.

As bebidas são tiradas à pressão e seguem diferentes estilos, cujas notas de prova surgem num menu físico. A Beato Lager tem um “sabor suave e refrescante”; a Kellerbier é uma “lager equilibrada”; a Blanche é “pouco amarga e equilibrada entre acidez e doçura” e a American Pale Ale é descrita como “um maior desafio ao palato”. Da lista fazem também parte a India Pale Ale; a Brown Ale, de “corpo robusto e espuma cremosa”; a Barleywine, em que os maltes se destacam; e a Nitro Stout, com uma “cor preta e sabor a notas de café, chocolate e toffee”.

À experiência juntam-se os pratos e petiscos desenvolvidos por Luís Gaspar, chef executivo do grupo Plateform e consultor do Browers Beato. Há casco de sapateira, salada de polvo, prego de novilho, cachorrinhos ao estilo do Beato, polvo à lagareiro e bife à cervejeira, entre outros pratos principais, e sobremesas. “As sugestões de harmonização com cerveja foram pensadas pelos cervejeiros, tendo em conta a gordura e intensidade dos pratos”, diz o diretor do Browers, Pedro Lopes. A intenção é convidar outros cervejeiros locais e produzir até edições temáticas.

(Fotografia de Rita Chantre)

Browers Beato
Rua da Manutenção 71 – Edifício E (Beato)
Tel.: 219 363 706
De domingo a quarta, das 12h às 23h. Quinta a sábado, das 12h às 00h.
Esplanada deverá abrir na primavera.
Preço médio à carta: 20 euros. Cerveja à pressão a partir de 2 euros (25cl)

 

Notícia corrigida relativamente à descrição do Beato Innovation District, como “campus tecnológico, parte da rede de hubs de inovação da Unicorn Factory Lisboa”.



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