Região Tejo elege os melhores vinhos na gala mais concorrida de sempre

Região Tejo elege os melhores vinhos na gala mais concorrida de sempre
A Companhia das Lezírias e a Quinta da Alorna receberam a máxima distinção na décima Gala Tejo, que premeia anualmente os melhores vinhos desta região, que já ocupa 10% da produção nacional. Bernardo Cabral e António Ventura foram dois dos protagonistas.

A expectativa era grande, ou não fosse esta a edição mais concorrida de sempre, com 183 vinhos em competição. Mas apenas dois receberam a distinção máxima na Gala Tejo, que homenageia e premeia os vinhos e protagonistas deste região, e que é organizada há uma década pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, em parceria com a Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo.

A Companhia das Lezírias e a Quinta da Alorna receberam as duas Medalhas de Excelência da noite, o maior galardão, pelos vinhos Tyto Alba Touriga Nacional tinto 2015 e Quinta da Alorna Alvarinho e Voignier Reserva branco 2017, respetivamente. A premiação para o X Concurso Vinhos do Tejo decorreu este fim de semana em Tomar, num jantar no Hotel dos Templários, e foi o culminar da votação levada a cabo por um leque de 16 especialistas.

A Companhia das Lezírias, em Samora Correia, também levou consigo um dos prémios mais importantes da noite, o de Enólogo do Ano. Bernardo Cabral, que assume o cargo há sete anos nesta casa, é também consultor vínico em várias regiões de norte a sul e ilhas. «Gostaria de agradecer e homenagear aqui o trabalho incrível que a Região Tejo tem feito nos últimos anos. É extraordinário», frisou o enólogo, sobre a zona vínica em crescimento nos últimos tempos, que já assume 10% da produção nacional de vinho, totalizando 12 mil hectares de terreno.

Bernardo Cabral, o Enólogo do Ano

Bernardo Cabral, o Enólogo do Ano. (Fotografia: Gonçalo Villaverde)

Outro dos protagonistas da noite foi António Ventura, que recebeu o Prémio Carreira, pelo seu trabalho nas últimas quase quatro décadas dentro do universo vínico. «Este não é um prémio solitário, é fruto de um percurso feito com muita gente e do trabalho de várias equipas», afirmou o natural do Cadaval, enólogo de projetos como Adega Cooperativa de Almeirim, Encostas de Alqueva, Quinta da Badula, Quinta do Gradil, Quinta do Coro e Romana Vini.

António Ventura recebeu o Prémio Carreira. (Fotografia: Gonçalo Villaverde)

No total, foram premiados 63 vinhos da Região Tejo, com destaque ainda para as duas referências que ganharam medalha de Grande Ouro: o Clavis Aurea Reserva da Quinta do Casal Monteiro e o Bridão Reserva da Adega Cooperativa do Cartaxo.

A par do concurso de vinhos, foram ainda entregues os prémios do Tejo Gourmet, alusiva aos restaurantes que melhor tenham harmonizado os seus menus com vinhos do Tejo. O prémio de Melhor Restaurante foi para o Porto, para o Wish, enquanto que o galardão de Revelação foi para duas moradas: a Casa Chef Victor Felisberto, em Abrantes, e o madeirense Taxiko Steakhouse, no Funchal.

Melhor Cozinha Tradicional foi para o almeirinense Cisco. Já a Petiscaki, de Montemor-o-Novo, foi eleita a Melhor Casa de Petiscos, enquanto o lisboeta Quorum foi o vencedor na categoria de Melhor Cozinha de Autor. O Beef & Wines (Madeira), À Terra (Olhão), Espadarte (Sesimbra), Rei dos Leitões (Mealhada), Calça Perra (Tomar), Clube Lisboeta (Lisboa) e Pão à Mesa (Lisboa) foram alguns dos restaurantes vencedores da noite.

A gala decorreu no Hotel dos Templários, em Tomar. (Fotografia: Gonçalo Villaverde)

 

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