Esta é uma das mais recentes adegas do Douro a conhecer

Na Quinta da Gaivosa, em Santa Marta de Penaguião, os Alves de Sousa apostaram num edifício de assinatura, funcional e amigo dos enoturistas.

Com a celebração dos 25 anos da marca Quinta da Gaivosa, os Alves de Sousa estão de portas abertas a quem quiser conhecer a sua «forma de trabalhar», percorrer o «património de vinhas velhas extraordinário» que têm em Santa Marta de Penaguião e, claro, apreciar vistas de postal.

A proposta do arquiteto António Belém Lima para a nova adega, construída de raiz há três anos para ser funcional e integrar no dia-a- dia da produção o enoturismo, resultou num edifício revestido de um negro misterioso – as paredes de tijolo preto são duplas e ventiladas, de forma a que a temperatura no interior seja a ideal para os vinhos – e com interiores de um branco imaculado.

«Tentamos organizar uma visita bastante informativa, para que as pessoas percebam, de uma maneira natural, as várias fases da produção de vinho e a nossa maneira de trabalhar.»

Domingos Alves de Sousa e o filho Tiago, responsável pela enologia, ainda vão guiando algumas visitas, mas hoje é Catarina Neves de Sousa, a esposa de Tiago, quem recebe os turistas. «Tentamos organizar uma visita bastante informativa, para que as pessoas percebam, de uma maneira natural, as várias fases da produção de vinho e a nossa maneira de trabalhar. Conseguem passar por todas as etapas de produção e tentamos dar-lhes uma explicação aprofundada», explica o enólogo.

«Na adega antiga tínhamos uma garrafeira onde recebíamos pessoas, mas, quando chegava ao momento de visitar a produção, fugíamos para a vinha. A adega não tinha essa vocação», continua Tiago Alves de Sousa. Atenta à crescente procura da região, a família queria mais, mas foi adiando o projeto do enoturismo à procura de «algo autêntico».

A nova adega atrai arquitetos e estudantes de arquitetura de vários sítios.

A adega dos Alves de Sousa figura entre as obras selecionadas para a exposição Habitar Portugal 2012-2014 e conhece já várias referências na imprensa internacional. E isso leva à Gaivosa um nicho dentro do enoturismo: «Arquitetos e estudantes de arquitetura, portugueses e estrangeiros», conta Tiago. A maioria, contudo, «continua a chegar à adega pelo vinho», frisa o pai.

No solo que Hugh Johnson e Jancis Robinson destacam na obra de referência The World Atlas of Wine, nascem as referências Gaivosa, Primeiros Anos, Reserva Pessoal, Vinha de Lordelo e Vinha do Abandonado.

Propriedade e adega são visitáveis por marcação. O percurso de hora e meia passa pela vinha, onde Catarina fala do xisto, das vinhas velhas, da exposição solar e de uma geografia única que dá um perfil fresco aos vinhos. Há dois preços, 15 e 35 euros, conforme a prova de vinhos selecionada no final.

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