Quando o filho fez 10 anos, Andrew, inglês de gema, e Vanessa, nascida nos Barbados, decidiram mudar de vida e trocar Londres pelo campo, onde sonhavam viver tranquilamente. Viajaram pela Europa e pelo caminho criaram um blogue para documentar os cocós de Moses, o cão da família, em cada ponto de paragem. É uma ideia estranha, mas foi mesmo assim.
Entretanto, chegaram a Portugal – já lá vão sete anos – e encontraram, por acaso, perto de Olaios, uma casa em ruínas com o mesmo nome do cão: Vale de Moses. Durante quatro anos trabalharam para reabilitar o espaço e criar um refúgio de montanha assente em três pilares: descanso, cura e alimentação. Foi assim que nasceu o Vale de Moses.
A lotação de 20 pessoas é distribuída pelos quatro quartos da casa principal, pelas duas casas rústicas partilhadas ou pelas seis tendas tipy colocadas na floresta. Por semana, é comum receberem hóspedes de oito nacionalidades, mas os portugueses são os que menos aparecem, por assumirem, erradamente, que o espaço é exclusivo a praticantes avançados. Se assim fosse, Andrew, estaria automaticamente excluído ao assumir a sua pouca experiência no assunto.
Para já, continua a dar uma mão na cozinha, apostada numa base ayurvédica , e as suas receitas foram recentemente compiladas em livro. Ali o dia começa pelas oito, com uma caminhada pela floresta para preparar a primeira aula do dia, na sala de yoga debruçada sobre o vale.
Antes do almoço, ainda há tempo para uma hora de massagem e repousar livremente até à próxima aula, às 17h00. Pelas 21h00, logo a seguir ao jantar, as luzes devem estar apagadas e os hóspedes entregues a um sono profundo – essencial à recuperação. Por isso, sugere-se a estada durante uma semana, de domingo a sábado, para completar o ciclo de cura. O espaço organiza retiros para grupos com datas anunciadas no site.
Vale de Moses
Amieira, Oleiros, Castelo Branco
Tel.: 272634006
Web: www.valedemoses.com
Preço: A partir de 740 euros por semana, por pessoa, em quarto duplo, em regime de pensão completa.
