Há cocktails novos e fora da caixa no Intendente

O Café Klandestino chegou ao Intendente para rejúbilo dos amantes de cocktails. A maioria tem como base o café, o tema central do bar, mas há outras opções originais, como a margarita de pimentos de Padrón.

Quem olha para a pequena vitrina na Rua do Benformoso, revestida a papel de parede com motivos tropicais, e uma porta quase camuflada, não imagina o que lhe está por detrás. Já foi um restaurante indiano. Antes disso, uma mercearia e até uma casa de alterne. Hoje tem cara lavada. Um bar com dois andares, decorado com um toque de irreverência, acaba de abrir a dois passos do Largo do Intendente, apoiado nos cocktails de autor à base de café.

O contrabando de café entre Portugal e Espanha na década de 1950 é a inspiração para o Café Klandestino. Por ser um tema que interessa a João Pedro Resende, um dos três sócios do espaço, e por se tratar de um dos produtos preferidos dos portugueses. «Além disso, café também é sinónimo de estar entre amigos e conversar», conta o jovem de 26 anos.

O tema do contrabando ilustra uma zona do bar com fotografias a preto e branco, mas toda a decoração se apoia na reutilização e no vintage. Quer seja nas cafeteiras antigas presas às paredes, copos de café que são puxadores de portas, a radiofonia que a avó comprou nos anos 1960 ou a máquina de jogos de arcade que ainda funciona.

 

João Resende, bartender e um dos donos do espaço. (Fotografia: Gonçalo Villaverde/GI)

 

Encarregado da mais de uma dezena de cocktails está Resende, formado em gestão hoteleira. O conhecimento foi sendo aperfeiçoado nos três anos em que trabalhou em Barcelona e pelas viagens que fez em locais como Nova Iorque, Londres ou Banguecoque. «Mas também de ler muito, de ver vídeos, de nunca estar parado», conta.

A grande maioria dos cocktails tem bases no café, quer seja com infusões, sodas, espumas ou em pó. «Mas estamos abertos à vontade do cliente», adianta João. O Pornstar Klandestino tem sido a estrela da casa, pela mistura de sabores: vodca, maracujá, leite de amêndoas e espuma de especiarias e café. O vistoso Não Vejo Um Pimento promete agradar até a quem não aprecia especialmente amêndoa amarga, e leva também licor de pimento, limão e jalapeño.

 

O El Mono Cafetero é um dos cocktails de autor que tem como base o café. (Fotografia: Gonçalo Villaverde/GI)

 

Quem preferir um clássico mas com um twist pode experimentar a fresca e intensa margarita com infusão de pimentos de Padrón. A acompanhar os cocktails de autor de João Pedro Resende estão alguns petiscos da Conserveira de Lisboa, tábuas de queijos com pão e compota, azeitonas e tremoços.

Os mais indecisos na escolha podem inspirar-se nos vários livros de cocktails que estão no cantinho lounge do bar, onde está um sofá. Já os mais irrequietos podem dar um – ou dois – pezinhos de dança. Os ritmos latinos, muitas vezes, criam uma minipista de dança improvisada no meio do bar. Até porque o café, já se sabe, rima com energia.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

Leia também:

Agitar antes de abrir: 11 bartenders, 11 histórias de vida
Toca da Raposa: Novo bar de Lisboa tem cocktails originais
Cocktails com vista para o Douro é neste bar




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend