O primeiro rum maturado no fundo do mar da Madeira já se pode beber

O primeiro rum maturado no fundo do mar da Madeira já se pode beber
(Fotografia: Paulo Spranger/GI)
As primeiras 242 garrafas de rum que maturaram oito meses no fundo do mar madeirense, numa experiência inovadora da Destilaria Engenhos do Norte, já foram retiradas. «Resultou num rum muito apetecível, fácil de beber».

O primeiro lote de 242 das 605 garrafas de «Rum Agrícola Madeira 970 Reserva» da Destilaria Engenhos do Norte que se encontram a maturar subaquaticamente desde março na Marina da Quinta do Lorde, no Caniçal, Madeira, foi agora retirado do mar.

“Foram retiradas duas jaulas com 242 garrafas, a operação correu muito bem e, após a degustação, deparamo-nos com uma coisa fabulosa, estamos muito satisfeitos e é uma experiência para continuar», disse à Lusa o administrador da empresa, Miguel Faria. «Resultou num rum muito apetecível, muito redondo, muito fácil de beber porque amadureceu», acrescentou.

(Fotografias: Destilaria Engenhos do Norte)

As garrafas submersas – as 363 que ainda se encontram nas profundezas serão içadas no princípio do próximo ano – submeteram-se a temperaturas que variaram entre os 17 e os 24 graus e a vida animal que se apegou às garrafas será, agora, estudada pelo MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente com vista à elaboração de uma gargantilha narrando a experiência.

Uma iniciativa da empresa J. Faria, proprietária da já quase centenária Destilaria Engenhos do Norte, fundada em 1927 na vila do Porto da Cruz, no concelho de Machico, na Madeira, em parceria com o Centro de Ciências do Mar e do Ambiente. O objetivo é apurar a evolução das propriedades organolépticas (que impressionam os sentidos) do rum agrícola produzido pelos Engenhos do Norte numa maturação subaquática.

O rum produzido pela destilaria, que já mereceu vários prémios internacionais (medalhas de prata e de bronze em competições de bebidas espirituosas), é destinado, na sua maior parte, à exportação para o Reino Unido, França, Alemanha e Itália. O rum depositado no oceano é o “970 Reserva”, obtido exclusivamente por fermentação alcoólica do sumo fresco de cana-de-açúcar e posterior destilação, estagiando durante seis anos em cascos de carvalho francês.




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