O premiado Red Frog, em Lisboa, recorda a Lei Seca com um cocktail sem diluição

Emanuel Minz (à esq,) e Paulo Gomes sáo os fundadores e criativos do Red Frog. (Fotografia de Paulo Spranger/GI)
A mixologia laboratorial de Paulo Gomes e Emanuel Minez continua a dar frutos, posicionando agora o Red Frog na lista dos 50 melhores bares do mundo. Eis duas das criações originais que nele se pode provar, com mente aberta.

O cocktail American Gangster lembra os tempos da Lei Seca americana de 1920, que o contrabando fintava com invenções engenhosas, como os bares speakeasy, construídos em espaços subterrâneos, longe do olhar das autoridades. No Red Frog, bar criado por Paulo Gomes e Emanuel Minez com inspiração nesta época, a bebida chega à mesa dentro de uma pequena garrafa e é servida pela equipa de sala num copo gelado coberto de cacau e canela.

“É o cocktail mais alcóolico da carta e que servimos sem diluição, normalmente três vezes, para que os clientes sintam as diferentes texturas e temperaturas da bebida”, diz Paulo Gomes. Leva vinho Madeira, uísque americano, digestivo italiano e maple com infusão de café. É também dos poucos cocktails que se mantêm desde que o Red Frog abriu há oito anos na Rua do Salitre, envolto num secretismo simbolizado por um sapo vermelho, e com ambiente clássico e um serviço atento ao detalhe.

(Fotografia de Paulo Spranger/GI)

(Fotografia de Paulo Spranger/GI)

O conceito manteve-se – mesmo quando a dupla foi forçada a abandonar a morada original, reabrindo depois o Red Frog dentro do bar Monkey Mash, na Praça da Alegria – e valeu-lhes honrosas posições na lista dos World’s 50 Best Bars, onde hoje figuram em 40.º lugar. O espaço tem apenas 20 lugares sentados, mas tudo o resto se adaptou, desde o balcão em madeira à decoração, o que só veio reforçar a experiência. A procura é tanta que só aceita reservas online, até quatro pessoas.

Do atual menu vale a pena beber também o Zeppling Funk Punch, entre “o lado escuro do cabedal e do rock” de Led Zeppelin e o chá das 5, que em vez de leite leva nata azeda, numa junção de Dalva Ruby Porto, nata azeda, chá Earl Grey fumado dos Açores (da Companhia Portugueza do Chá), mirtilos e gin. “Leva cerca de 48 a 72 horas a ser feito antes de estar pronto a servir”, completa Paulo, e chega numa taça a menos 18 graus. “Tem notas cítricas e textura aveludada”, resume.

(Fotografia de Paulo Spranger/GI)

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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