Novos cocktails para o verão

Salla, no Chiado. (Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)
Tangerina e limão, alperce, especiarias, gin e espumante, yuzo e tequila, camomila, pepino e pickles, hortelã e gengibre, maracujá e ananás, manjericão e coentros são alguns dos aromas que estão a servir de base à criatividade dos bartenders nas novas cartas de verão. Mas encontra também, nos copos, criações originais inspiradas em misturas clássicas portuguesas como melão com presunto, arroz de marisco e morangos com chantilly. Sente-se à mesa para saborear estes festivais de aromas, com petiscos leves à mistura, e aproveitar a estação de uma forma mais leve e líquida.

Aroma a tangerina num cocktail vencedor

A tangerina é o ingrediente que se destaca no Gomo Ten, cocktail criado por João Costa, bartender que recentemente venceu a sétima edição do World Class Portugal 2022. Foi este cocktail que apresentou no primeiro desafio do concurso, depois de a organização ter promovido visitas a vários produtores. “Estive no grupo que foi visitar o H2Douro, uma quinta do Douro muito forte a nível de citrinos. Aí surgiu a ideia para usar a tangerina”, conta o bartender do Torto. LM

Na primeira fase da competição, no Lisbon Bar Show, um dos desafios era utilizar o gin Tanqueray 10 e modificar um cocktail clássico com um ingrediente que se destacasse. “Neste caso, utilizei as cascas da tangerina. No Torto já usamos o sumo, por isso é uma forma de reaproveitamento”, esclarece. Com as cascas fez um cordial e juntou-lhe vermute seco. “O aroma do cocktail é o mesmo que se sente quando descascamos uma tangerina”, refere o bartender. No final, três gotas de azeite coloridas de verde, dão mais cor e uma agradável untuosidade à bebida.
Este não foi o único cocktail criado por João Costa para o concurso. Na segunda etapa, tinha de preparar quatro cocktails clássicos, recriando-os com um ingrediente específico trabalhado de várias formas, tendo escolhido a cereja.

João Costa, do bar Torto, prepara o cocktail Gomo Ten. (Fotoggrafia de André Rolo/Global Imagens)

Uma das provas clássicas do concurso, tanto a nível nacional como internacional, é o speed round. Aí, tiveram de preparar seis cocktails clássicos em seis minutos. “Este ‘challenge’ faz parte da história da competição”, conta. Não que seja essencial ser muito rápido a preparar cocktails, “porque mais importante do que isso é a partilha e a hospitalidade”, considera. Cumpriu o desafio em pouco mais de cinco minutos, conseguindo “falar com as pessoas, explicar o que estava a fazer”, o que também é bom para “não nos esquecermos de nenhum passo”.

Na última prova, os concorrentes deveriam utilizar ingredientes de uma caixa mistério. “Tinha quatro ingredientes e 30 minutos para inventar alguma coisa. Saiu-me whisky, alho negro, chá branco de especiarias, alperce e sálvia. Não tinha de usar todos, porque o objetivo era extrair o melhor dos ingredientes para o cocktail ficar bom, mas usei. Fiz infusão do whisky com o alho negro e com as especiarias para ficar com notas picantes. Triturei o alperce e adicionei açúcar e alguma acidez para fazer um cordial e depois preparei uma soda da sálvia”, conta. “Não saiu bem como eu tinha idealizado mas acabei por ganhar a competição”. João Costa vai agora representar Portugal na fase internacional do concurso, em Sidney, na Austrália, competindo com 53 profissionais de vários países no próximo mês de setembro.

Gomo Ten, no Torto Bar. (Fotografia de André Rolo/Global Imagens)

PERFIL

João Costa
Natural do Porto, João Costa começou por estudar Gestão Hoteleira, curso que deixou de lado porque não queria trabalhar atrás de um computador. “Desisti da faculdade e nessa altura ajudava os meus pais no café que eles tinham, porque o que eu gostava era de falar com as pessoas”, conta. Inscreveu-se depois na Escola de Hotelaria de Lamego, no curso de pastelaria. Passados dois semestres, percebeu que que também não era bem aquilo porque, mais uma vez, queria estar mais perto dos clientes. Decidiu então mudar para o curso de Bar, que não é muito diferente da cozinha, pois o importante “é misturar e extrair os sabores da melhor maneira possível”. Este foi “o tiro certo”, considera. Fez estágios em vários espaços, em Portugal e lá fora e começou a ganhar o gosto pela competição. Passou, entre outros, pelo Conrad, no Algarve, e o Royal Cocktail Bar, no Porto. Agora faz parte da equipa do Torto Bar.

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Um cocktail à base de café para saborear no Maus Hábitos, no Porto

O Bom-Tom, um cocktail à base de café, inspirado no Espressomartini, é uma das propostas da carta de verão do Maus Hábitos, no Porto. Diego Lomba, headbartender do espaço, utiliza aqui o rum, o destilado que mais gosta de trabalhar. LM

Diego Lomba gosta de espelhar nos cocktails que cria um pouco das suas origens. Filho de pais portugueses emigrados na Venezuela, foi naquele país que nasceu e passou os primeiros anos da sua infância. Tem, talvez por isso, um gosto especial pelo rum, bebida destilada a partir do melaço.

Um dos cocktails prontos a entrar na nova carta chama-se Bom-Tom e é uma variante do Espresso Martini. A vodka da receita original é aqui substituída precisamente pelo rum escuro Havana Club 7 anos. Além do obrigatório café expresso, junta-lhe licor de chocolate e uma gotinha de essência de avelã, “aromas que conjugam muito bem com rum”, considera. O resultado é um cocktail escuro e com espuma muito fina e cremosa.

(Fotografia de André Rolo/GI)

Diego entrou para o Maus Hábitos há quatro anos, para criar de raiz um bar de cocktails. Agora, é responsável por todos os bares da casa – incluindo os espaços recentes em Lisboa e Vila Real. A carta divide-se em cocktails clássicos e de autor, criados por ele e pelos seus colegas de bar. “Sempre gostei que tivessem os seus próprios cocktails na carta. Quero dar-lhes liberdade para criar, pois assim também têm mais gosto em vender”, diz.

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Ocidente e oriente à mistura num cocktail d’ O Marmorista, no Porto

Para acompanhar as alterações da carta gastronómica d’ O Marmorista, no Porto, o bartender Marco Guedes preparou uma nova carta de cocktails para servir no bar do restaurante e fazer “pairing” com os pratos de verão. LM

Os sabores do país do sol nascente vão estar em destaque este verão no restaurante e bar O Marmorista, aberto desde o início do ano na Boavista. Marco Guedes, o head bartender do espaço, quis criar sabores para acompanhar a nova carta do restaurante, produzida com a consultoria da chef Leonor Galvão. Assim surgiu o Yedacha.

O nome remete para uma bebida japonesa, uma espécie de mezinha utilizada para mitigar constipações e ressacas. “É um chá com yuzo (limão japonês), mel e gengibre”, explica Guedes, que aqui quis misturar oriente e ocidente. Assim, à inspiração deste chá juntou-se o cocktail Penicillin, uma bebida à base de whisky criada em 2005, em Nova Iorque, pelo bartender australiano Sam Ross, também com gengibre, limão e mel.

Quis fazer uma conjugação entre as duas, criando uma bebida cítrica e fresca, para também ir ao encontro da nova carta de cozinha, que, não abandonando os pratos que já são um sucesso, como a “punheta de bacalhau” desconstruída, está a diversificar as suas propostas. “A nossa primeira carta era mais baseada em sabores mediterrâneos: italianos, espanhóis e portugueses. Agora, vamos ter sabores mais frescos e orientais e os cocktails têm de fazer esse pairing”, comenta.

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Magma: o novo bar de Gaia tem vista, jazz e cocktails

O bar do Hilton Porto Gaia abriu ao público sob o nome Magma Cocktail Bar, e junta cocktails, vinho e música ao vivo com vista panorâmica para o Douro. AR

A decoração em tons escuros remete para o ambiente rochoso e incandescente de um vulcão em erupção – ilustrando facilmente o nome Magma -, e não deixa margem para dúvidas ao incorporar o traço indelével da premiada designer de interiores Nini Andrade da Silva. É assim, por dentro, o novo bar de Vila Nova de Gaia.

O bar tem vista para o Porto. (Fotografia: DR)

O Magma Cocktail Bar, até aqui reservado a eventos privados, localiza-se no terceiro piso do hotel Hilton Porto Gaia, o que lhe permite conquistar os visitantes desde logo pela vista desafogada. Das janelas amplas admiram-se o curso do rio Douro, a Ponte D. Luís I e a própria cidade do Porto, a partir do centro histórico de Gaia.

 

(Fotografia: DR)

A oferta de bar pretende ser eclética, juntando cocktails de autor da autoria do bar manager Diogo Magalhães, aperitivos, vinhos, espumante e champange. Já na primeira sexta-feira de cada mês, entre as 21h30 e as 23h30, é possível ouvir jazz e blues tocados ao vivo. O espaço abre às 17h e fecha às 01h.

 

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Café Klandestino: os cocktails que recriam no copo os sabores de uma tasca

Abriu há quatro anos no Intendente, e tornou-se numa referência da mixologia na capital. Agora, o Café Klandestino recria no shaker os sabores clássicos de uma tasca portuguesa, com cocktails como o Melão e Presunto, inspirada neste dueto veranil. NC

Tal como o areal e o mar, a sardinha e o pão, o tremoço e a esplanada, há duplas inseparáveis e incontornáveis nos dias quentes. Outro caso é o melão e o presunto, os dois protagonistas de um dos cocktails de autor do Café Klandestino, que tem deixado marca no mundo da coquetelaria em Lisboa, desde que abriu no Intendente, há quatro anos. Desde então, renovou-se e surge com uma carta que pretende recriar os clássicos de uma típica tasca portuguesa, mas nos shakers.

Este Melão e Presunto inspira-se em dois clássicos, a margarita e o last word, e leva tequila, mezcal, licor francês de ervas, cordial de melão picante (quase como um xarope mas mais ácido) e uma telha de presunto desidratado a acompanhar, para dar um elemento crocante e substituir o sal da margarita. O doce do melão equilibra com as notas de fumo do mezcal, numa “bebida refrescante”, tal como a dupla que o originou, “clássica na praia ou na tasca”, conta João Pedro Resende, bartender lisboeta de 30 anos e responsável pelo bar, que abriu depois de uma passagem por Barcelona.

Melão e Presunto é um dos cocktails de autor do Café Klandestino. (Fotografias de Reinaldo Rodrigues/GI)

João Pedro Resende, bartender e responsável pelo bar que abriu há quatro anos no Intendente.

Na carta com quase duas dezenas de cocktails – com preços a partir dos seis euros, surgem outras propostas como o Arroz de Marisco (quase que um Bloody Mary, com gin cozinhado com arroz carolino, aperol e caldo de legumes e algas), o “muito veranil e frutado” Morangos com Chantilly (rum branco, licor de genciana, erva-príncipe, chocolate branco, morango e coco) ou o Bulhão Pato (rum, vinho branco, azeite, xarope de mostarda, tintura de alho e limão).

Sabores para provar ao balcão em madeira ou pelos 40 lugares do Café Klandestino, onde coabitam disco em vinyl, sacas de café, plantas, antigas radiofonias, o merchandising da casa – bonés, t-shirts, meias – e o quadro sugestivo onde se lê a frase “mi casa es su casa, pero con respeto”. E há novidades para breve: o bartender quer abrir um segundo espaço em Lisboa.

A mais recente carta do espaço recria, em cocktails, os sabores clássicos de uma tasca portuguesa.

O bar de cocktails alfacinha fica situado na Rua no Benformoso.

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Nexo 1/2 Bar: cocktails leves na nova casa de Campo de Ourique

A lógica microsazonal e os cocktails com pouco teor alcoólico são os pilares do Nexo ½ Bar. À frente da nova casa de Campo de Ourique está um jovem casal com experiência ganha no Red Frog e Monkey Mash, duas moradas obrigatórias da mixologia em Lisboa. NC

O percurso que percorremos, já se sabe, diz muito do que somos hoje. Diogo Lopes e Catarina Correia, um jovem casal unido na vida e na paixão pela mixologia, são exemplo exímio, estreando-se agora em casa própria, depois de terem acumulado experiência e saber, nos últimos anos, em duas das moradas obrigatórias na capital quando se fala em cocktails, o Red Frog e o Monkey Mash. No Nexo ½ Bar, que abriram há dois meses em Campo de Ourique, lançam o seu olhar criativo sobre cocktails com pouco teor alcoólico, uma das atuais tendências da área.

Entre as quase duas dezenas de cocktails e mocktails, uma das sugestões que mais rima com o verão que acaba de chegar é o Mexican Love Affair (9€), uma bebida fresca, rosada e cítrica que une mezcal, tequila, soda de toranja e de laranja sanguínea, cujo topo do copo é salpicado com sal dos Himalaias e togarashi, um blend de especiarias asiáticas. Outro elemento decorativo é o gomo de laranja sanguínea, caramelizado e braseado. “Este cocktail é uma derivação de um Paloma, um clássico da América Latina e Central. Provamo-lo uma vez em Madrid e adorámos. Aqui fazemos a nossa reinterpretação”, explica Diogo, ribatejano que se apaixonou pelo mundo dos shakers quando passou umas férias no algarve com o irmão mais velho, já nessa altura bartender.

Diogo Lopes e Catarina Correia, os dois responsáveis pelo novo bar. (Fotografias de Leonardo Negrão/GI)

O Mexican Love Affair, uma das criações mais veranis da carta.

Nesta nova aventura, junta-se a ele a namorada, que trocou a formação em Artes pela coquetelaria. Tudo começou como uma oportunidade para juntar dinheiro, num part-time, mas o bichinho falou mais alto. “Adoro a energia desta área, onde conseguimos conhecer pessoas diferentes e isso faz-nos viajar também”, conta a jovem que cresceu em Almada, e que ajudou a pintar o mural colorido que veste o Nexo ½ Bar, da autoria de Alice Prestes. “Ambos temos um gosto muito similar, da comida à bebida e até à decoração da casa”, ri-se a jovem.

Transversal à carta é o trabalho de raíz, com sodas caseiras, fermentações, picles, kombuchas e compotas feitas na casa. A visão autoral dos clássicos corre por toda a oferta, noutros exemplos veranis como o Figo Mule (7,5€), um twist do Moscow Mule, com vodka, ginger beer e folha de figo desidratada e infusionada, além da folha de huacatay, erva similar à hortelã, com notas de maracujá e ananás, que decora a bebida.

Diogo Lopes abriu o projeto com a namorada, depois de anos de experiência no Red Frog.

O Figo Mule é uma reinterpretação do Moscow Mule, clássico da coquetelaria.

A portada amarela, que chama a atenção na Rua Pereira e Sousa, abre-se para outras propostas como o Cosmopolitan Highball (vodka, vermute, arandos e hibisco, 7€) e o Mizuari de Alcobaça (gin, maçã fermentada, 7,5€), entre outros. Para acompanhar as bebidas da casa, pisca-se o olho à Ásia e à cozinha a vapor, com os bao de cogumelo, porco e caramelo & miso, além de wontons de cogumelos e camarão e ainda snacks como azeitonas e tremoços.

Daqui para a frente, a missão será só uma. “Vamos trabalhar sempre a um ritmo microsazonal, adicionando novos ingredientes com a chegada das estações”, adianta Diogo. Tanto ele como Catarina têm recebido o carinho da vizinhança local neste novo projeto, onde cabem cerca de 20 pessoas, entre as mesas no interior e a pequena esplanada. “As pessoas sentem quando se trabalha com amor”, acrescenta Catarina. O desejo de abrirem o seu espaço já era antigo, mas a pandemia veio acelerar essa vontade. “Chega a uma altura em que temos que abrir asas”, remata Diogo.

No novo espaço dedicado aos cocktails com baixo teor alcoólico, cabem cerca de vinte pessoas.3

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Homenagear Lisboa e o produto nacional, na carta de verão do Salla

Com uma carta fresca para receber os dias longos e quentes na Rua do Alecrim, o elegante Salla – bar térreo dedicado aos cocktails no Palácio Chiado – pisca o olho à sétima arte, à portugalidade e a Lisboa. Um dos exemplos é o frutado A Gaiola Dourada, feito 100% com produto nacional. NC

Foi o filme mais visto de 2013 em Portugal, centrado na história de uma família de emigrantes portugueses em França, e por isso, tem presença na carta de verão do Salla, o bar de cocktails térreo do Palácio Chiado. “É um tributo à cidade de Lisboa e ao nosso país, sendo 100% feito de produto português”, explica Ricardo Ribeiro, head bartender do espaço lisboeta. Este A Gaiola Dourada leva gin lisboeta, amarguinha, polpa de morango caseira, sumo de limão, clara de ovo, açúcar e uma espetada de framboesas a decorar o topo do copo.

Entre os treze cocktails de autor da carta de verão, “fresca para o calor que aí vem”, é transversal o piscar de olho ao cinema, com bebidas novas como o La Vie En Rose (gin, pétalas de rosa, açúcar, limão, vermute e licor de violetas) e o Amor de Perdição (Licor Beirão, vodka, lima, clara de ovo, manjericão). “A nova carta é um ponto de encontro entre o que gostamos de fazer, o que o público nos pede e a necessidade de trabalhar com o produto a que temos acesso, com a escassez que existe neste momento”, conta Ricardo, lisboeta de 29 anos que começou na área como empregado de mesa, ganhando depois o bichinho da mixologia.

Gaiola Dourada é um dos cocktails de autor da nova carta de verão do Salla. (Fotografias de Reinaldo Rodrigues/GI)

O Gaiola Dourada é uma homenagem à cidade e ao produto nacional.

Pelo caminho já passou por espaços como o SUD Lisboa e o Tapisco, de Sá Pessoa. “Criar algo do zero é o que mais me cativa”, revela, face à carta de verão, que da antiga só mantém dois best sellers da casa, o Palácio Chiado (rum, polpa de maracujá, vermute, sumo de limão e xarope de açúcar) e o Green Lantern (gin, licor de flor de sabugueiro, xarope de maçã, lima, manjericão, xarope de açúcar e clara de ovo).

Salla é o bar térreo do Palácio Chiado. (Fotografia: DR)

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No novo Imprensa, na Baixa lisboeta, há cocktails e ostras do Sado

Inspirado nos “oyster bars” de Brooklyn, um grupo de amigos abriu um segundo Imprensa na Baixa de Lisboa, com cocktails originais e vinhos para refrescar o verão. AR

A cor encarnada acompanha o sabor intenso deste Bloody Maria, capaz de deliciar os apreciadores de um dos grandes clássicos da mixologia. “Este cocktail não é da nossa autoria. Nós pegámos numa versão do Bloody Mary feita com tequila [em vez de vodca] e fazemo-lo com tequila e mezcal, e adicionamos uma ostra como garnish”, explica Bruno Cabral, um dos bartenders e sócios do novo Imprensa, desde junho na Baixa.

Os bartenders João Silva e Bruno Cabral.
(Fotografia de Carlos Pimentel/Global Imagens)

“O mezcal e a tequila dão-lhe um travo fumado e mais corpo”, continua Bruno, que se veio juntar ao grupo de amigos fundadores do Imprensa, aberto em 2020 na Rua da Imprensa Nacional (Príncipe Real). “O sumo de tomate que usamos para o Bloody Mary também tem ingredientes diferentes: leva coentros, pimento grelhado e pasta de rábano, entre outros”. O sumo de limão fresco refresca a base alcoólica.

(Fotografia de Carlos Pimentel/GI)

A ostra – aposta forte da casa, ou não fosse o Imprensa um oyster bar – remata o cocktail no topo e deve ser comida intercaladamente, uma vez que a gordura “ajuda a cortar o sabor forte do cocktail”, que por ser intenso e picante está longe de ser consensual. As ostras, produzidas no Sado, são abertas à frente dos clientes e servidas numa cama de gelo com limão fresco e Bloody Mary como temperos.

(Fotografia de Carlos Pimentel/GI)

(Fotografia de Carlos Pimentel/GI)

Neste novo Imprensa, marcado por um balcão de madeira e ferro e néons, vale a pena olhar para os seis cocktails de autor, batizados com nomes de tipos de letra. O Baskerville, a título de exemplo, leva mezcal, pepino, gengibre, lima e uma solução salina, é fresco e apresenta um sabor “equilibrado entre o doce e o sour”, explica, por sua vez, o bartender João Silva. Além dos cocktails, a carta propõe uma dezena de referências de vinhos nacionais (alguns naturais e biodinâmicos), de pequenos produtores, que podem ser provados no interior ou na esplanada.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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