No bar Angel’s Share (WOW) há um cocktail com vinho do Porto para aquecer o inverno

O Crown é servido pelo bartender Fábio Miranda no cocktail bar do WOW, em Gaia. (Fotografia de Pedro Correia/GI)
No wine-bar do World of Wine, o Angel´s Share, este cocktail que entra na carta por estes dias distingue-se pelo equilíbrio entre sabores quentes, com um toque de vinho do Porto, a que se junta um snack (a coroa titular) que traz a dose de gordura certa.

No Angel’s Share, trabalham-se os vinhos com todo o cuidado. O vinho do Porto está aqui em grande destaque e aparece tanto isoladamente como “na composição de cocktails ou mesmo como inspiração para estes”, diz Priscila Haddad, head-sommelier do WOW.

Para o cocktail que entra agora na carta como sugestão de inverno, o bartender Fábio Miranda, que há dois meses entrou para o projeto WOW como manager dos espaços de restauração, idealizou uma bebida com sabores quentes. Esta é elaborada com ingredientes que remetem para as épocas frias, como o “mel” de figo, sherbet de toranja, um “citrino elegante e aromático”, e vinho do porto. Neste caso, a sugestão do vinho a utilizar foi de Priscila Haddad – o Krohn Colheita 2005, “um tawny bastante intenso”. A bebida é densa e a cor lembra “os fins do dia de inverno, à lareira”.

(Fotografia de Pedro Correia/GI)

Mas os ingredientes do Crown não ficam por aqui, pois faz parte da própria bebida um snack servido pousado no copo. Este é feito de telha (aqui, massa de focaccia desidratada) que serve de base a uma fatia de cecina de boi (com quatro anos de maturação, da Bodega El Capricho) e rebentos de ervilha. Este elemento “vai dar a gordura necessária ao cocktail, acrescentar algum aroma de fumo e especiarias. Além disso, faz a ligação com o restaurante 1828”, também no WOW, dedicado às carnes, com destaque para as maturadas.

Todos os ingredientes, conta Fábio, foram feitos por ele, exceto o vinho. Para o bartender, a coquetelaria é uma “cozinha servida a copo”. “Quando trabalhei no Feel Viana, aprendi a fazer cocktails limpos, sem desperdícios.” O bartender considera que a sua profissão devia estar ao mesmo nível dos chefs de cozinha. “Eles têm muito mérito mas, na nossa área, também temos bons profissionais que fazem coisas lindíssimas com produtos espetaculares.”

(Fotografia de Pedro Correia/GI)

 

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