Nexo 1/2 Bar: cocktails leves na nova casa de Campo de Ourique

Nexo 1/2 Bar. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)
A lógica microsazonal e os cocktails com pouco teor alcoólico são os pilares do Nexo ½ Bar. À frente da nova casa de Campo de Ourique está um jovem casal com experiência ganha no Red Frog e Monkey Mash, duas moradas obrigatórias da mixologia em Lisboa.

O percurso que percorremos, já se sabe, diz muito do que somos hoje. Diogo Lopes e Catarina Correia, um jovem casal unido na vida e na paixão pela mixologia, são exemplo exímio, estreando-se agora em casa própria, depois de terem acumulado experiência e saber, nos últimos anos, em duas das moradas obrigatórias na capital quando se fala em cocktails, o Red Frog e o Monkey Mash. No Nexo ½ Bar, que abriram há dois meses em Campo de Ourique, lançam o seu olhar criativo sobre cocktails com pouco teor alcoólico, uma das atuais tendências da área.

Entre as quase duas dezenas de cocktails e mocktails, uma das sugestões que mais rima com o verão que acaba de chegar é o Mexican Love Affair (9€), uma bebida fresca, rosada e cítrica que une mezcal, tequila, soda de toranja e de laranja sanguínea, cujo topo do copo é salpicado com sal dos Himalaias e togarashi, um blend de especiarias asiáticas. Outro elemento decorativo é o gomo de laranja sanguínea, caramelizado e braseado. “Este cocktail é uma derivação de um Paloma, um clássico da América Latina e Central. Provamo-lo uma vez em Madrid e adorámos. Aqui fazemos a nossa reinterpretação”, explica Diogo, ribatejano que se apaixonou pelo mundo dos shakers quando passou umas férias no algarve com o irmão mais velho, já nessa altura bartender.

Diogo Lopes e Catarina Correia, os dois responsáveis pelo novo bar. (Fotografias de Leonardo Negrão/GI)

O Mexican Love Affair, uma das criações mais veranis da carta.

Nesta nova aventura, junta-se a ele a namorada, que trocou a formação em Artes pela coquetelaria. Tudo começou como uma oportunidade para juntar dinheiro, num part-time, mas o bichinho falou mais alto. “Adoro a energia desta área, onde conseguimos conhecer pessoas diferentes e isso faz-nos viajar também”, conta a jovem que cresceu em Almada, e que ajudou a pintar o mural colorido que veste o Nexo ½ Bar, da autoria de Alice Prestes. “Ambos temos um gosto muito similar, da comida à bebida e até à decoração da casa”, ri-se a jovem.

Transversal à carta é o trabalho de raíz, com sodas caseiras, fermentações, picles, kombuchas e compotas feitas na casa. A visão autoral dos clássicos corre por toda a oferta, noutros exemplos veranis como o Figo Mule (7,5€), um twist do Moscow Mule, com vodka, ginger beer e folha de figo desidratada e infusionada, além da folha de huacatay, erva similar à hortelã, com notas de maracujá e ananás, que decora a bebida.

Diogo Lopes abriu o projeto com a namorada, depois de anos de experiência no Red Frog.

O Figo Mule é uma reinterpretação do Moscow Mule, clássico da coquetelaria.

A portada amarela, que chama a atenção na Rua Pereira e Sousa, abre-se para outras propostas como o Cosmopolitan Highball (vodka, vermute, arandos e hibisco, 7€) e o Mizuari de Alcobaça (gin, maçã fermentada, 7,5€), entre outros. Para acompanhar as bebidas da casa, pisca-se o olho à Ásia e à cozinha a vapor, com os bao de cogumelo, porco e caramelo & miso, além de wontons de cogumelos e camarão e ainda snacks como azeitonas e tremoços.

Daqui para a frente, a missão será só uma. “Vamos trabalhar sempre a um ritmo microsazonal, adicionando novos ingredientes com a chegada das estações”, adianta Diogo. Tanto ele como Catarina têm recebido o carinho da vizinhança local neste novo projeto, onde cabem cerca de 20 pessoas, entre as mesas no interior e a pequena esplanada. “As pessoas sentem quando se trabalha com amor”, acrescenta Catarina. O desejo de abrirem o seu espaço já era antigo, mas a pandemia veio acelerar essa vontade. “Chega a uma altura em que temos que abrir asas”, remata Diogo.

No novo espaço dedicado aos cocktails com baixo teor alcoólico, cabem cerca de vinte pessoas.3

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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