O dia 21 de dezembro de 2015 foi especial para a Casa Ermelinda de Freitas. Não só viu o seu enólogo Jaime Quendera ser agraciado como comendador da Ordem de Mérito Agrícola (Leonor de Freitas, por sua vez, já tinha recebido a condecoração em 2009), como o ainda presidente Cavaco Silva aproveitou a ocasião para inaugurar a nova adega e um precioso museu onde a matriarca da família Freitas decidiu contar a história da casa fundada em 1920.
Uma história na qual as mulheres sempre tiveram papel de liderança: a sua bisavó Deonilde, que criou a empresa, a avó Germana, que lhe deu seguimento, e a mãe Ermelinda que, ao enviuvar, contou com a ajuda da filha, não só para manter o barco como para aumentar a produção e criar a primeira marca própria, Terras do Pó. A esse espaço, Leonor chamou, apropriadamente, Casa de Memórias e Afectos.
O museu ocupa o espaço da adega primitiva, construída nos anos 1950. Ainda lá estão os velhos lagares, as cubas, os depósitos subterrâneos. Nas paredes, há retratos de família, fotografias dos trabalhadores, na vindima e nas festas de fim de campanha, alfaias agrícolas, utensílios ligados à vida no campo. Tendo-se a sorte de ter Leonor de Freitas por cicerone, ela que se assume rural, «filha de gente simples e habituada desde sempre a trabalhar no campo», todos estes objetos e memórias parecem ganhar vida própria.
Casa Ermelinda de Freitas
Rua Manuel João de Freitas, Fernando Pó, Palmela
Tel.: 265988000.
Horário: das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 (loja). Encerra ao domingo.
Preço: 6/8/10 euros por pessoa (grupos +20/13-20/1-12 pessoas; inclui prova de cinco vinhos com produtos regionais; marcação antecedência mín. um dia).