Lisboa: a cerveja Musa chegou à Bica acompanhada de petiscos

Lisboa: a cerveja Musa chegou à Bica acompanhada de petiscos
A Musa agora tem petiscos, alguns deles inspirados em cozinhas do mundo. (Fotografia de Ana Viotti/DR)
A cerveja artesanal Musa chegou ao bairro da Bica com uma 'taproom' focada na gastronomia, marcada pela experimentação e informalidade da cozinha da chef Leonor Godinho.

Já a consideram uma «musa por direito próprio» e não sem razão. Leonor Godinho, 28 anos, incorpora o espírito jovem, irreverente e experimental da Musa, e isso significa que a nova Musa da Bica, aberta no final de julho com grande aposta na gastronomia, tem tudo para resultar.

«O facto de ser a Leonor não é indiferente à abertura deste espaço. Ela desempenha um papel muito importante», elogia Nuno Melo, cofundador da produtora de cerveja artesanal em conjunto com Bruno Carrilho. Vinda do Feitoria, Leonor explica que aqui a missão é «fazer comida deliciosa» que apeteça mesmo comer enquanto se bebe.

Tal não passa pelos clássicos hambúrgueres ou tremoços. Mas há uma sandes de pluma de porco em pão brioche da Terrapão com kimchi caseiro e falafel de tremoço com molho de iogurte e hortelã – apenas dois exemplos de uma carta simples, inspirada aqui e ali por outras latitudes, e pensada para comer «à mão» ou «só com o garfo».

Leonor Godinho é a chef da Musa da Bica. (Fotografia de Ana Viotti/GI)

A ideia é potenciar gastronomicamente as qualidades da cerveja «tanto em termos do líquido como das matérias-primas mais brutas, como o malte», diz a chef. Daí que haja petiscos como o pão de queijo com malte e recheio de chouriço e pratos principais como o aguachile de bacalhau marinado em IPA, lima e chilis e que por ser fresco, mas ligeiramente picante, vai bem com cervejas mais lupuladas. Até nas sobremesas Leonor Godinho utiliza cerveja, no caramelo de stout que cobre a tarte de requeijão, apesar de a intenção não ter sido criar uma carta utilizando somente os componentes da bebida. As 15 torneiras convidam a conhecer as cervejas da marca e a ir a Marvila ver como são produzidas.

O novo espaço replica a decoração industrial da fábrica em Marvila. (Fotografia de Ana Viotti/DR)

A abertura da Musa na Bica, zona mais concorrida que a «periférica» Marvila, acaba por ser uma «forma de contornar» uma «barreira» imposta pelas grandes cervejeiras ao entrar em espaços mais centrais, explica Nuno, ressalvando porém que não é por estar agora naquele bairro que a Musa vai começar a falar inglês.

Importando boas práticas da fábrica, todos os sábados haverá um prato de «comida de conforto», elaborado pelo sous-chef Tiago Soler, e ao domingo ao almoço entrarão em cena chefs convidados. E em breve haverá uma esplanada à porta. Três anos depois da fundação da produtora, a beira-Tejo ganha uma nova musa.

 

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