Beber vinho e comer petiscos às portas de Braga

O Domus Vinum é um bar instalado num edifício com 350 anos e decorado ao estilo de uma adega, há petiscos e vinho na zona do Campo das Hortas.

O Campo das Hortas era antigamente um lugar pouco recomendável de Braga. Primeiro, porque ficava a fundo da rampa que é a Rua do Souto e para lá escorriam os detritos da cidade. Virá daí o tom insultuoso da expressão «Ir abaixo de Braga». Também ficava já fora dos limites urbanos, para lá do Arco da Porta Nova. Hoje em dia, porém, ir abaixo de Braga pode ser das melhores coisas a fazer na cidade dos arcebispos, assim como cruzar o belíssimo arco em pedra, quando isso significa uma ida ao Domus Vinum, um charmoso bar de petiscos e vinhos que abriu, em 2011, num edifício com mais de 350 anos.

Fica numa esquina do Campo das Hortas, ao lado de restaurantes tradicionais de Braga e também de alguns dos seus espaços mais contemporâneos, e este bar, projeto do empresário Filipe Fernandes, criou uma nova forma de apreciar vinho. Vinho e não cerveja, já que estas ali estão em segundo plano, embora a carta inclua a Amphora, cerveja artesanal de Braga, e as referências essenciais dessa e outras bebidas. Destaca-se, por exemplo, a lista de espumantes e sangrias.

Já a carta de vinhos, que muda com frequência, revela uma seleção criteriosa de todas as regiões, com ênfase para as castas e produtores minhotos. Desde a Reserva Quinta de Fafide, do Douro, ao Monte da Peceguina, do Alentejo, passando pelo verde do Minho, representado pelo Vento’z, um vinhão produzido no concelho de Famalicão. «Estamos em Braga e, por isso, é natural apostar no verde. Mas todos os outros são boas escolhas, incluindo a sangria, que é uma receita própria da casa, e muito solicitada», explica.

Há ainda uma grande lista de petiscos com toque regional, orientada para a partilha, e para serem saboreados no acolhedor espaço interior (que no inverno tem aberta para refeições a sala no primeiro piso) ou ainda na esplanada virada ao arco da Porta Nova, com a cozinha a trabalhar além da meia-noite. Braga na mesa e Braga diante dos olhos, portanto. E a essa mesa, podem chegar pataniscas, moelas, broa frita, rojões, tripa enfarinhada, orelha e polvo em molho verde, punheta de bacalhau, queijos, enchidos e muito mais, com caldo verde para rematar. O camarão em alho e azeite é dos petiscos mais populares, refere Filipe.

No interior, a decoração gira em torno do vinho, com pipos de madeira e cortiça suspensa do teto com traves de madeira, a casar bem com as paredes de pedra e a muita madeira. «O meu pai tinha uma pequena adega. Quando eu era mais novo, costumava ajudá-lo a tratar do vinho. Todas essas memórias contribuíram para aquilo que o Domus é hoje», conta o dono do bar, que todas as semanas procura ter novidades na carta para que os bracarenses, e os muitos turistas da cidade, continuem a querer ir abaixo de Braga.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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