São três os vinhos de que falamos hoje mas a Quinta de Lourosa produz mais títulos. Rogério de Castro é professor catedrático de viticultura do Instituto Superior de Agronomia, a sua filha Joana seguiu-lhe os passos na vocação e hoje trabalham em conjunto a vinha com a mesma paixão. O pai é uma pessoa sempre difícil de apresentar porque é provavelmente o maior sábio português no tocante à vinha e sua adaptação aos diferentes terroirs. Homem do norte, assumidamente ligado ao campo, a sua simplicidade corresponde à sabedoria e é um grande prazer conviver com ele à mesa ou por entre as vinhas.
A vanguarda na viticultura é a um tempo imperativo de consciência e valor garantido nos 30 hectares de vinha plantada. Isso fica logo claro com o sistema de condição das cepas em Lys, com o objectivo de maximizar a captação solar e a gestação perfeita de uvas que depois vão dar origem a vinhos equilibrados, frescos e ricos em aromas.
Pai e filha defendem os mesmos princípios, respeitando sacramentalmente os antigos em aspectos críticos como a rega, e ao mesmo tempo impondo racionalidade total nos tratamentos da vinha. «A cultura da vinha é também uma cultura de valores». Palavras de Rogério de Castro que assume de corpo e alma. Acrescenta o que designa por quatro elementos: carácter do solo, têmpera do clima, génio da cepa e zelo do vinhateiro. Para tomar nota e seguir. O vinho verde de base é produzido a partir de Loureiro e Arinto, há um Alvarinho e faz-se ainda o Vinha do Avô, branco super-expressão de um pequeno terroir, muito especial.
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