Citrino, um cocktail para dias soalheiros

Cocktail Citrino, de Lia Igreja de Oliveira. (Fotografia de B. Oliveira / J. Marques - DR)
Um cocktail cítrico, aromático e refrescante, que vai bem nestes dias cada vez maiores e mais ensolarados, é a proposta da bartender Lia Igreja de Oliveira, que recentemente saiu do Ferro Bar e se prepara para novos projetos. Entre eles, “tardadas” de cocktails na esplanada da Casa Marlindo.

CITRINO

Xarope de alecrim e gengibre (preparar previamente)
Ingredientes:
1½ medida de açúcar (chávena de chá)
1 medida de água
1 pedaço de gengibre fresco, do tamanho de um polegar
1 ramo de alecrim fresco

Preparação:
Num tacho, colocar o açúcar, a água, o gengibre descascado e ralado e as folhas do ramo de alecrim. Levar a lume médio e retirar assim que levantar fervura. Deixar repousar, para que o gengibre e o alecrim infusionem. Depois de frio, coar e armazenar no frigorífico. Dura bastante tempo e pode ser usado, por exemplo, para adoçar um chá.
Esta receita foi feita com açúcar branco, mas podem usar outro ao vosso gosto.

Cocktail

Ingredientes
25 ml Limontejo (limoncello alentejano)
25 ml de gin
25 ml de sumo de limão
15 ml xarope de gengibre e alecrim
1 fatia de gengibre fresco
1 ramo de alecrim
Água com gás ou soda

Preparação
Colocar todos os ingredientes, exceto a água, num shaker com gelo (ou, caso não tenham, num frasco). Agitar bem, coar e verter para um copo alto preenchido com gelo. Completar com água com gás ou soda. Mexer suavemente com uma colher de bar. Decorar a gosto.

A bartender Lia Igreja de Oliveira

(Fotografia de Pedro Correia/Global Imagens)

“A minha cozinha está transformada num laboratório”, conta Lia Igreja de Oliveira, natural de Vila do Conde, a trabalhar no Porto há já vários anos. Em confinamento, aproveitou para experimentar novas criações e desenhar projetos que tinha em mente, entre eles um atelier de coquetelaria a abrir na Invicta.

A bartender, que é embaixadora da Limontejo no Porto, já passou por vários espaços na cidade, quase todos eles ligados ao rock e com música ao vivo, e é nesse ambiente que se sente bem, admite. O V5 e o Cave 45 foram os primeiros onde se começou a dedicar mais aos cocktails. Mas não só. Formada em Comunicação Social, quando começou a trabalhar em bares, ainda em Vila do Conde, estava mais à frente do balcão a fazer relações públicas do que atrás a preparar bebidas. “No V5, trabalhava no bar durante a semana e à porta no fim de semana”, lembra.

Foi no Terraplana que teve a liberdade criativa para elaborar mais cocktails de autor. Neles, a história e o conceito importam tanto como a técnica e a qualidade dos produtos. Naquele bar, lembra, foi a altura em que criou muitos cocktails baseados em vidas de mulheres históricas e mitológicas. Agora, a simplicidade e a sustentabilidade são o que mais a atraem na forma de trabalhar. A tendência é essa e este Citrino – que é também o nome de uma pedra semipreciosa – é exemplo disso. Em breve, quando reabrirem as esplanadas, vai estar nos fins de tarde das sextas-feiras a preparar cocktails na Casa Marlindo, no Centro Histórico do Porto. Um mimo para quem tem saudades de conviver com um copo na mão, ao ar livre e em segurança.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend