Cave Bombarda, uma garrafeira de vinhos naturais no Porto

As prateleiras da Cave Bombarda, no Porto, preenchem-se de vinhos naturais e com pouca intervenção. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)
Depois de ter trabalhado em Paris, onde se começou a interessar por vinhos, Jorge Azevedo regressou ao sítio onde cresceu e que bem conhece. No Quarteirão das Artes abriu a Cave Bombarda, garrafeira de vinhos naturais.

O responsável pela Cave Bombarda, garrafeira dedicada a vinhos naturais e com pouca intervenção, viveu na capital francesa durante cinco anos e lá começou uma empresa de distribuição de vinhos, com um amigo, também português. “Lá só estavam disponíveis as marcas mais conhecidas, faltavam outras de muita qualidade, de produtores mais pequenos”.

Jorge Azevedo, proprietário da Cave Bombarda. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)

 

Já antes desse negócio trabalhou num hotel, na área da Food & Beverage, e foi aí que se começou a interessar. “Apaixonei-me pelo mundo das bebidas, pela coquetelaria e vinhos. Fui fazendo masterclasses, informar-me da melhor maneira possível em Paris e lancei-me na importação”, relata. Depois dos ataques de Paris de 2015, voltou para Portugal e por cá continuou a carreira na hotelaria. O último hotel por onde passou foi o Porto Palácio, onde elaborou a carta de cocktais e de vinho para os seus dois bares. Depois, acabou por ir para a Áustria com a mulher, mas regressou no início da pandemia.

 

Foi aí que decidiu abrir o seu negócio. “Sabia que não queria uma garrafeira normal. Queria trabalhar com pequenos produtores e vinhos pouco intervencionados, apesar de este ainda ser um mercado pequeno em Portugal”.

 

Os produtores não são muitos “e é preciso ir à procura deles”. Foi esse trabalho que fez nos seis meses antes de abrir as portas da sua loja no Centro Comercial Bombarda, espaço escolhido a dedo. “Este sítio pareceu-me adequado, até porque aos sábados realiza-se o mercado O Berdinho, de pequenos produtores”, lembra. Aproveitando o movimento da galeria nesse dia, abre garrafas para dar a degustar a quem entra na loja.

Mas é necessário também explicar o que se está a servir, “contar as histórias por trás do vinho” e guiar a degustação pois “os aromas e os paladares são diferentes dos vinhos convencionais”. As frutas “são mais limpas, a acidez às vezes mais alta, pois a vinificação é feita para que o vinho dure na garrafa. Estes vinhos são a expressão completa da casta, da região, do clima e do enólogo. São vinhos sem maquilhagem”, remata.

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