Casa Relvas: depois dos vinhos, chega a hora do azeite

(Fotografias: DR)
Visitas guiadas ao recente lagar que nasceu na Herdade dos Pisões, na Vidigueira, e provas de azeites são algumas das atividades que reforçam o olivoturismo da alentejana Casa Relvas, que acaba de lançar no mercado o seu terceiro azeite extra virgem.

A ligação da família às atividades agrícolas já soma cinco gerações consecutivas, mas foi há duas décadas que Alexandre Relvas deu os primeiros passos para criar o que é atualmente a Casa Relvas, com a aposta na primeira vinha. Hoje, a paixão e o respeito pelo ADN alentejano praticam-se ao longo de mil hectares de floresta, 350 de vinha, 250 de amendoal e 300 de olival, espalhados pelas propriedades da família: a Herdade da Pimenta e a Herdade de São Miguel, ambas no concelho de Redondo, e a Herdade dos Pisões, na Vidigueira.

É nesta última morada que recaem atenções nos últimos tempos, a reboque da crescente aposta da casa no azeite, com a recente construção do próprio lagar, com capacidade de receção de 150 mil toneladas de azeitona. A produção de azeite extra virgem da Casa Relvas já tem duas referências no mercado, o Segredos de São Miguel e o Art.Terra, e chega agora ao mercado um terceiro, apenas batizado de Casa Relvas (500ml), a um preço de 17,50 euros.

O novo azeite extra virgem Casa Relvas. (Fotografias: DR)

Na Herdade dos Pisões, na Vidigueira, é possível visitar o lagar construído há dois anos.

“Há dez anos, sentimos necessidade de diversificar as nossas culturas”, explica Alexandre Relvas, filho, que gere a empresa fundada pelo pai ao lado do irmão, António. “Em Portugal, somos muito eficientes na produção de azeite de alta qualidade, de forma consistente”, afirma António Relvas. “Temos o melhor olival do mundo. Não é falsa modéstia”, acrescenta. Para breve, está planeada a expansão do olival da casa em mais 250 hectares.

Regado pelo Alqueva, o olival, maioritariamente em sebe, “permite apanhar a azeitona na altura certa, criando uma produção mais regular e eficiente, e melhor rácio de utilização de água”, adianta António, aposta-se em variedades de azeitona como Arbequina, Arbosana, Sikitita e Oliana. As práticas sustentáveis fazem parte da agenda diária e está em desenvolvimento um plano de proteção da própria biodiversidade encontrada nos terrenos da casa.

Henrique Herculano, diretor do lagar, Alexandre Relvas, fundador da casa, e os filhos, Alexandre e António.

As provas de azeite são uma das atividades de olivoturismo.

Com uma produção atual do próprio azeite que chega às 600 toneladas/ano, o olivoturismo ganha agora mais força. Além de visitas guiadas ao novo lagar – onde se explicam e observam os processos de produção, da receção da azeitona à linha de limpeza, áreas de moagem e extração ou a zona de decantadores – também se organizam provas de diferentes azeites – as visitas fixam-se nos 12 euros, e com provas à mistura partem dos 20 euros. Até porque, “a nível sensorial, o azeite é tão rico como o vinho”, conta Henrique Herculano, diretor executivo do lagar da Casa Relvas. O edifício tem também uma sala com vista para o olival, onde se podem realizar almoços e outra das atividades do olivoturismo alia a visita ao lagar a um piquenique na vinha do Monte do Poço.

Um novo vinho no mercado

Chama-se “Casa Relvas Xutos & Pontapés 88” e é o mais recente lançamento vínico da casa alentejana, fruto da longa parceria com a banda de rock, que já soma uma década e meia. Desta vez, a homenagem faz-se ao álbum “88”, que alberga canções como “À Minha Maneira” e “Para Ti Maria”, lançado no ano que lhe dá nome. O novo vinho é uma edição limitada a 8888 garrafas magnum (1,5l), está no mercado a 44 euros e refere-se à safra de 2022, criado a partir de um blend de três castas – Alicante Bouschet, Aragonez e Touriga Nacional.

“Juntar o nosso vinho a músicos tão carismáticos, como é o caso dos Xutos, é celebrar e valorizar o que é nosso, a nossa cultura e tradição. E deixo-vos a sugestão de juntarem os amigos, abrirem uma garrafa deste vinho, e porem o “88” a tocar, e vão ver que o sabor é diferente, à maneira dos Xutos”, explica Alexandre Relvas, classificando esta colheita como uma homenagem não só à banda como também à sua “legião de fãs”.

(Fotografia: DR)



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