Beira Interior: enoturismo numa região histórica

Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo (Fotografia de Maria João Gala/Global Imagens)
Região de Denominação de Origem Controlada desde 1999, a Beira Interior está a destacar-se pela qualidade dos seus vinhos de altitude, cheios de caráter e frescura.

É entre a Serra da Estrela, o Douro e o Alentejo que são produzidos estes vinhos de altitude. Beira Alta e Beira Baixa são aqui territórios para conhecer em conjunto, numa rota que une vinho e gastronomia, as Aldeias Históricas – estão aqui 11 das 12 existentes – e as aldeias do Xisto.

Pode começar-se a norte, com uma visita à ADEGA COOPERATIVA DE CASTELO RODRIGO. Em 2017, inaugurou uma confortável sala de provas na loja e lançou um vinho único, o Pinking, um branco cor rosa salmão, feito com a casta síria, típica da região. Este nasceu do mestrado da enóloga Jenny Silva, que está à frente da produção da adega e que tornou aquilo que era considerado um defeito em feitio. Numa visita guiada, fica a conhecer-se um pouco da história da região. A cultura da vinha e da amendoeira foi introduzida no século XII pelos monges da ordem de Císter que ocupavam o CONVENTO DE SANTA MARIA DE AGUIAR, monumento visitável, perto da adega, e que é também nome de vinho nela produzido.

Mais a sul, já em Belmonte, outra das “aldeias históricas” está uma das mais antigas produtoras de vinho beirão. Encaixada num vale fechado, com Castelo Branco a sul e Guarda a norte, a Serra da Estrela de um lado e a da Malcata do outro, a QUINTA DOS TERMOS tem as suas portas abertas a visitas.

Quinta dos Termos (Rui Oliveira/Global Imagens)

Foram os avós de Pedro Carvalho, que gosta de guiar os turistas pela adega e pela quinta, que compraram a propriedade em 1945. O programa inclui visita à adega e prova de três vinhos. A quinta também tem loja onde se vendem todos os produtos ali produzidos, incluindo mel.

Um projeto bem mais recente é o ADEGA 23, em Sarnadas de Ródão. Idealizada por Manuela Carmona, oftalmologista de Lisboa com raízes em Castelo Branco, a adega lançou em 2017 os seus primeiros vinhos. Desenhados pelo enólogo Rui Reguinga, são menos secos do que os congéneres a norte. O edifício, projetado pelo Atelier Rua, foi pensado para receber visitantes. A adega propriamente dita tem um corredor superior a toda a volta para se ver tudo sem se interferir na produção. Na zona onde funciona a loja e galeria para exposições estão objetos com muita história, como uma mesa de mármore para medir tecidos, com quase 100 anos.

Manuela Carmona criou o projeto Adega 23. (Rui Oliveira/Global Imagens)

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend