Beira Interior: 6 espaços vínicos que vale a pena conhecer

Para lá da Serra da Estrela, e entre o Douro e o Alentejo, há uma região demarcada que está a começar a destacar-se.

Faz este ano duas décadas que a Beira Interior se definiu como DOC e hoje os seus vinhos de altitude, cheios de caráter e frescura, estão a conquistar mercado. E já há espaços – entre adegas e quintas – para visitar e restaurantes que fazem questão de servir as produções da terra.

1. Quinta do Cardo

É em Figueira de Castelo Rodrigo que se encontra um dos mais antigos produtores da região: a Quinta do Cardo. Em 2012, optou-se por converter a vinha em agricultura biológica, o que fez reduzir a produção, mas aumentar o caráter dos vinhos», explica o enólogo Luís Leucádio, que está na empresa desde 2012. Com este tipo de agricultura, defende, conseguem fazer-se «vinhos mais autóctones», ou seja, que «exprimem melhor a região». Apesar de não ter programas organizados de enoturismo, a Quinta do Cardo recebe com gosto quem lá vai bater à porta. Quem quiser fazer provas personalizadas e comprar vinhos, pode aparecer entre as 08h00 e as 18h00 (aos fins de semana, só por marcação). Combinando com antecedência, há também oportunidade de se organizar almoço ou jantar.

2. Quinta dos Termos

Já em Belmonte, está outra das mais antigas produtoras de vinho beirão. Encaixada num vale fechado, com Castelo Branco a sul e Guarda a norte, a Serra da Estrela de um lado e a da Malcata do outro, a Quinta dos Termos é das poucas na região que tem já há algum tempo abre portas a visitas. Foram os avós de Pedro Carvalho, que gosta de guiar os enoturistas pela adega e pela quinta, que compraram a propriedade em 1945, onde «já havia vinha, árvores de fruto e cereais», conta. O trabalho aqui realizado é «muito artesanal», diz. Quem desenha o perfil de vinhos da quinta é o pai de Pedro, João Carvalho, antigo presidente da CVRBI. «Às vezes, o meu pai e o nosso enólogo Virgílio Loureiro não se entendem», conta, como aconteceu há alguns anos. Como não chegavam a um consenso sobre o melhor vinho do ano, optaram por editar duas reservas: a Reserva do Patrão e a Escolha do Enólogo.

3. Entre Portas

No Entre Portas, há orgulho na garrafeira, que ocupa lugar de destaque na sala principal, e que dá prioridade aos vinhos da Beira e, principalmente, aos da Adega Cooperativa local. Aberto há dois anos, este projeto de Francisco Santos tem como objetivo «trabalhar com qualidade para divulgar a região», como o próprio diz. Francisco, natural de Pinhel, já lá teve um bar, já foi DJ e adquiriu muita experiência em hotelaria e restauração antes de abrir o seu Entre Portas. O restaurante é um investimento familiar e foi pensado para proporcionar um tipo de oferta que «não existia».

4. Restaurante Pecado

O Convento do Seixo é no primeiro hotel de cinco estrelas do distrito de Castelo Branco. Inaugurado em julho passado, é lá que se encontra o restaurante Pecado, que se dedica a homenagear as tradições beirãs. O “pecado” da gula não deixa aqui nenhum peso na consciência. Porque as criações do jovem chef Marco Marques estão imbuídas de história e de amor à região. Os produtos sazonais são tratados explorando ideias originais. Exemplo disso é o menu da Transumância, uma homenagem aos pastores. Numa carroça em miniatura vêm mini sandes de bacalhau e a seguir uma sopa de feijão riscado com fumo de videira. Ovos servidos num ninho remetem para os ovos que os pastores apanhavam pelo caminho durante as deslocações sazonais. Os tradicionais bacalhau com puré de batata e cabrito assado com castanhas são dois dos principais pratos deste Pecado.

5. Adega 23

Antes de se chegar ao Alentejo, numa cortada da A23 chega-se, precisamente, à Adega 23. Este projeto de Manuela Carmona, oftalmologista de Lisboa com raízes em Castelo Branco, lançou o ano passado os seus vinhos da primeira colheita, de 2017. Os vinhos que saem daqui, desenhados pelo enólogo Rui Reguinga, são menos secos do que os congéneres a norte. Nas Beiras, «o sul da Serra da Gardunha é um mundo, o norte é outro e acima Guarda é ainda outro», explica, isto porque a influência do centro e do sul faz-se sentir mais aqui, não só no clima mas também na altitude (cerca de 400 metros) e na cultura gastronómica.

6. Herdade da Urgueira

A Herdade da Urgueira, na Beira Baixa, está já na fronteira com o Alentejo e isso percebe-se pela paisagem e as casas caiadas que são os quartos e os apartamentos deste turismo rural. Aqui há produção de de azeite, que não falta no restaurante da herdade. A comida do chef João Mateus é tradicional da região, destacando-se o carré de borrego, de produção caseira.

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